São Paulo, quarta-feira, 11 de abril de 2001

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Bill Frisell traz sua guitarra jazzística para o Brasil

DA REDAÇÃO

Se há um homem que virou a guitarra jazzística do avesso, ele atende pelo nome de Bill Frisell, 50, que está lançando o CD "Blues Dream" e toca no Rio e em São Paulo, nos dias 6 e 7 de junho, respectivamente. Os shows fazem parte da segunda edição do Chivas Jazz Festival.
Sua música climática e que funde vários estilos faz o jazz dar um passo adiante. O som da guitarra de Frisell mistura a simulação do respirar (ele tocou clarinete), a elasticidade da guitarra havaiana e efeitos eletrônicos. Com sua técnica comedida e que privilegia a melodia, ele faz com que o como seja mais importante que o quanto na guitarra jazzística.
"Acho que comecei a criar isso quando peguei a guitarra pela primeira vez. Na minha cabeça, sempre ouço coisas além das que eu consigo alcançar", disse o guitarrista, por telefone, à Folha.
Ele desmente os biógrafos que afirmam ser o blues de Otis Reading, B.B. King e Buddy Guy o motivo que o levou a trocar o clarinete pela guitarra. "O que me motivou foi a surf music -grupos como Ventures e The Shadows-, Beatles e Rolling Stones. Mas é claro que os mestres do blues me influenciaram."
Mas foi o guitarrista Wes Montgomery (1925-68) quem pôs o jazz em sua carreira. "Procurei aprender o que ouvia nos discos dele. Ele misturava jazz, blues, soul, pop. É o que tento fazer."
No seu mais recente trabalho, o destaque é o guitarrista Greg Leisz. "Com ele, nunca preciso dizer o que deve ser feito. Ele é a segunda metade do meu cérebro."
(EF)



BILL FRISELL - Show com Bill Frisell. Onde: Garden Hall (RJ) e DirecTV Music Hall (SP). Quando: 6 e 7 de junho, respectivamente. Informações: 0/xx/ 11/3177-3663 e 0/xx/21/431-5527.



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