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Bill Frisell traz sua guitarra jazzística para o Brasil
DA REDAÇÃO
Se há um homem que virou a
guitarra jazzística do avesso, ele
atende pelo nome de Bill Frisell,
50, que está lançando o CD "Blues
Dream" e toca no Rio e em São
Paulo, nos dias 6 e 7 de junho, respectivamente. Os shows fazem
parte da segunda edição do Chivas Jazz Festival.
Sua música climática e que funde vários estilos faz o jazz dar um
passo adiante. O som da guitarra
de Frisell mistura a simulação do
respirar (ele tocou clarinete), a
elasticidade da guitarra havaiana
e efeitos eletrônicos. Com sua técnica comedida e que privilegia a
melodia, ele faz com que o como
seja mais importante que o quanto na guitarra jazzística.
"Acho que comecei a criar isso
quando peguei a guitarra pela primeira vez. Na minha cabeça, sempre ouço coisas além das que eu
consigo alcançar", disse o guitarrista, por telefone, à Folha.
Ele desmente os biógrafos que
afirmam ser o blues de Otis Reading, B.B. King e Buddy Guy o
motivo que o levou a trocar o clarinete pela guitarra. "O que me
motivou foi a surf music -grupos como Ventures e The Shadows-, Beatles e Rolling Stones.
Mas é claro que os mestres do
blues me influenciaram."
Mas foi o guitarrista Wes Montgomery (1925-68) quem pôs o jazz
em sua carreira. "Procurei aprender o que ouvia nos discos dele.
Ele misturava jazz, blues, soul,
pop. É o que tento fazer."
No seu mais recente trabalho, o
destaque é o guitarrista Greg
Leisz. "Com ele, nunca preciso dizer o que deve ser feito. Ele é a segunda metade do meu cérebro."
(EF)
BILL FRISELL - Show com Bill Frisell.
Onde: Garden Hall (RJ) e DirecTV Music
Hall (SP). Quando: 6 e 7 de junho,
respectivamente. Informações: 0/xx/
11/3177-3663 e 0/xx/21/431-5527.
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