J.R. Duran

O Ministério Público de SP vai investigar a inclusão de consumidores nos cadastros de inadimplentes do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) e da Serasa. Quer que as pessoas sejam avisadas de que estão na "lista negra" e que tenham um prazo para contestar a existência do débito. "Muitas vezes a inclusão ocorre por uma fraude ou por falha do credor e é negado o direito de defesa", diz o promotor João Lopes Guimarães.

O ÓBVIO
"Estão pedindo o óbvio", diz Marcel Solimeo, da Associação Comercial de SP, que opera o SCPC. "Fazemos a comunicação prévia e damos dez dias para que o consumidor se manifeste. E 25% deles pagam antes de ir para o cadastro." Se há erro ou fraude, diz, o consumidor procura a empresa que apontou a inadimplência. Na Serasa, não houve resposta às tentativas de contato telefônico.

COFRE CHEIO
Na mira de políticos do PMDB, que querem manter seus afilhados em cargos estratégicos na empresa, a Infraero exibe seus resultados. Ela está repassando à União, a título de dividendos, R$ 107,2 milhões. E vai pagar também aos funcionários a parcela relativa à participação deles nos lucros, de R$ 9,5 milhões. O benefício não era distribuído desde 2005.

NA MESMA
A venda de cimento, indicador importante da construção civil, está conseguindo se manter nos mesmos patamares registrados no ano passado. E até cresceu 1,4% em abril em relação ao mês de março, segundo o sindicato nacional do setor.

RECEITA
O governador José Serra, de SP, passou os últimos dias com alergia e tentando descobrir suas causas.

FILA
Explodiu o número de pessoas que se cadastram na Prefeitura de São Paulo em programas de habitação popular. Antes do lançamento do Minha Casa, Minha Vida, que financiará imóveis a juros abaixo de mercado para a baixa renda, eram 400 mil registros. Agora, já são 650 mil. A média diária de inscrições chega a 15 mil.

FILA 2
E a prefeitura, que afirma ter estoque de terrenos públicos para a construção de apenas mil casas, estuda desapropriações para "casar" projetos urbanísticos já planejados com o Minha Casa, Minha Vida. Elas seriam feitas em lugares, por exemplo, como a avenida Roberto Marinho, que será ligada à Imigrantes por um túnel. O espaço sobre a nova obra, onde vivem hoje 12 mil famílias em favelas, seria desapropriado para a construção das novas casas.

BANCO DE SANGUE
Policiais e peritos que atuam no caso Isabella não se abalaram com a afirmação do advogado de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, Roberto Podval, de que o sangue armazenado como sendo dos acusados pelo crime "não é do casal". Responsáveis pela investigação sustentam que o sangue dos dois foi coletado para os exames toxicológico e de teor alcoólico e que há material suficiente para a contraprova nos laboratórios.

BANCO DE SANGUE 2
Roberto Podval diz que esses exames foram feitos "com a urina do casal" e que "eles não colheram nenhum sangue", conforme afirmaram a ele por escrito. "Parece que ele leu outro processo", rebate o promotor Francisco Cembranelli. "Isso já foi abordado pelo outro advogado [Marco Polo Levorin]. Mudaram a defesa e os argumentos são os mesmos que já foram vencidos."

ESPECIALISTA
O músico de dark rock Libra vai abrir a apresentação da banda britânica Sisters of Mercy, que toca em SP no dia 6 de junho, no Via Funchal.