Atriz foi a primeira negra a assinar contrato com grande estúdio de cinema

DA REPORTAGEM LOCAL

A cantora e atriz norte-americana Lena Horne morreu anteontem, aos 92 anos, no hospital presbiteriano de Nova York.
O anúncio foi feito por Kevin Buckley, genro da cantora. A saúde da artista já estava debilitada há algum meses, segundo a revista "People".
Estrela dos musicais, Lena Horne foi a primeira atriz negra a assinar um contrato com um grande estúdio de Holywood, o MGM, em 1942.
Nascida em 1917, começou sua carreira profissional na década de 1930, trabalhando como corista no emblemático Cotton Club, clube de jazz em Nova York que revelou diversos nomes para o estrelato, como Duke Ellington.
Depois de conquistar o circuito dos clubes noturnos de jazz, a cantora se mudou para Hollywood. Para o cinema, em 1943, gravou o sucesso "Stormy Weather". A voz potente e a beleza impactante de Horne encantaram o público, mas, por causa de sua cor de pele, oportunidades de trabalho foram reduzidas.
Em alguns musicais, como "Swing Fever" (1943), ela atuou somente como membro das "big bands" para que suas cenas pudessem ser cortadas nos Estados mais racistas.
Na década de 1950, Horne foi incluída na "lista negra" de Hollywood, elaborada pelo senador Joseph McCarthy. Em razão disso, Horne deixou de lado sua carreira cinematográfica para se dedicar ao teatro, depois de décadas aparecendo em clubes e na televisão.
Na Broadway, seu primeiro sucesso musical foi "Jamaica", de 1957. Na década seguinte, a cantora foi uma das celebridades mais ativas nos movimentos contra a segregação racial.
Em 1980, protagonizou o espetáculo ""The Lady and Her Music"" (a dama e sua música), sucesso de crítica que permaneceu quase um ano em cartaz na Broadway.
Por seus trabalhos, Horne colecionou ao todo quatro Grammys e um Tony, considerado o Oscar do teatro.

Com agências internacionais

Texto Anterior: Loach é último selecionado, com filme sobre ex-soldados
Próximo Texto: Descolados de SP tietam Wagner Moura em show
Índice