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Conselho da TV Cultura tem eleição adiada
Dois candidatos surgiram na última hora; um deles é secretário do governo estadual e iria acumular as funções
Disputa é entre Carlos Vogt, da Secretaria de Ensino Superior de São Paulo, e Moacyr Guimarães, decano da Fundação Padre Anchieta
DA REPORTAGEM LOCAL
Um impasse marcou, na manhã de ontem, a votação para a
presidência do conselho da
Fundação Padre Anchieta, que
administra a TV Cultura.
Jorge da Cunha Lima, que
deixa o cargo após ter cumprido dois mandatos, indicou como seu sucessor o professor
Moacyr Expedito Marret Vaz
Guimarães, decano do conselho. Na semana passada, à coluna "Mônica Bergamo", Cunha
Lima afirmou: "Ela será muito
importante porque, desta vez, o
governo não interferiu na escolha do conselho. Pelo menos esse cargo poderemos indicar livremente". Sayad foi indicação
direta do governo de São Paulo.
Mas a sugestão de Cunha Lima causou discordância entre
conselheiros. Alguns apoiaram
Carlos Vogt, secretário de Ensino Superior do Estado de São
Paulo, pasta criada pelo então
governador, José Serra.
Vogt foi considerado durante
meses candidato único à presidência do conselho da fundação, até surgir a recente articulação em torno de Guimarães.
Diante do impasse, a eleição
foi adiada. Será marcada uma
assembleia extraordinária até
14 de junho, data da posse de
Sayad. A intenção, segundo a
Folha apurou, é a tentativa de
articular um acordo de consenso entre os conselheiros.
A Fundação Padre Anchieta
soltou ontem uma nota em que
diz que houve "questionamentos jurídicos relativos a uma segunda candidatura apresentada". O texto, não assinado, foi
escrito por Cunha Lima.
Segundo a assessoria, conselheiros questionaram se Vogt
poderia acumular as funções de
secretário do Estado e de presidente do conselho, que é remunerada desde 2004. A questão
não está prevista no estatuto da
fundação.
Constrangedor
Como era esperado, o secretário da Cultura, João Sayad,
será o novo presidente da fundação, ocupando a cadeira que
até então era de Paulo Markun.
Tomará posse em 14 de junho
para um mandato de três anos.
Markun, que era cotado como candidato único e foi pego
de surpresa pelo apoio do governo a Sayad, teve breve fala
de despedida ontem, e o clima
foi constrangedor. O nome de
Sayad foi ratificado após votação favorável de 35 dos 39 presentes.
(LAURA MATTOS)
Colaborou CLARICE CARDOSO, da Reportagem Local
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