São Paulo, terça-feira, 11 de maio de 2010

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Conselho da TV Cultura tem eleição adiada

Dois candidatos surgiram na última hora; um deles é secretário do governo estadual e iria acumular as funções

Disputa é entre Carlos Vogt, da Secretaria de Ensino Superior de São Paulo, e Moacyr Guimarães, decano da Fundação Padre Anchieta


DA REPORTAGEM LOCAL

Um impasse marcou, na manhã de ontem, a votação para a presidência do conselho da Fundação Padre Anchieta, que administra a TV Cultura.
Jorge da Cunha Lima, que deixa o cargo após ter cumprido dois mandatos, indicou como seu sucessor o professor Moacyr Expedito Marret Vaz Guimarães, decano do conselho. Na semana passada, à coluna "Mônica Bergamo", Cunha Lima afirmou: "Ela será muito importante porque, desta vez, o governo não interferiu na escolha do conselho. Pelo menos esse cargo poderemos indicar livremente". Sayad foi indicação direta do governo de São Paulo.
Mas a sugestão de Cunha Lima causou discordância entre conselheiros. Alguns apoiaram Carlos Vogt, secretário de Ensino Superior do Estado de São Paulo, pasta criada pelo então governador, José Serra.
Vogt foi considerado durante meses candidato único à presidência do conselho da fundação, até surgir a recente articulação em torno de Guimarães. Diante do impasse, a eleição foi adiada. Será marcada uma assembleia extraordinária até 14 de junho, data da posse de Sayad. A intenção, segundo a Folha apurou, é a tentativa de articular um acordo de consenso entre os conselheiros.
A Fundação Padre Anchieta soltou ontem uma nota em que diz que houve "questionamentos jurídicos relativos a uma segunda candidatura apresentada". O texto, não assinado, foi escrito por Cunha Lima.
Segundo a assessoria, conselheiros questionaram se Vogt poderia acumular as funções de secretário do Estado e de presidente do conselho, que é remunerada desde 2004. A questão não está prevista no estatuto da fundação.

Constrangedor
Como era esperado, o secretário da Cultura, João Sayad, será o novo presidente da fundação, ocupando a cadeira que até então era de Paulo Markun. Tomará posse em 14 de junho para um mandato de três anos.
Markun, que era cotado como candidato único e foi pego de surpresa pelo apoio do governo a Sayad, teve breve fala de despedida ontem, e o clima foi constrangedor. O nome de Sayad foi ratificado após votação favorável de 35 dos 39 presentes. (LAURA MATTOS)

Colaborou CLARICE CARDOSO, da Reportagem Local



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