|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
AÇÃO E INTERAÇÃO
Público é estimulado a reagir e a participar
RONALD VILLARDO
free-lance para a Folha
Interação. Esta parece ser a palavra chave dos espetáculos e performances do evento "Babel". Desde
seu início, no último dia 2, o evento tem recebido artistas de diversas
áreas com o mesmo objetivo: provocar a reação das pessoas por
meio da interatividade.
Expondo o público a situações
não-convencionais ou inusitadas,
os artistas tentam quebrar a indiferença do público, convidando-o a
participar das performances.
No primeiro dia do evento, Marta Neves, 27, trouxe bolos para a as
pessoas comerem. "Quero que me
devorem. Não pode mais existir
arte sem interação; as pessoas não
podem ficar só como espectadores", justifica. Depois, os bolos deram especial charme ao evento: todo mundo circulava, com pratinhos e talheres na mão.
Não foram só as performances
abertas que têm contado com a
participação do público para seu
sucesso. As performances ocorridas na vitrine também.
A jovem performática Roberta
Hoffman, 25, dividiu com as pessoas seus textos por intermédio de
de uma tela de computador projetada ao lado de fora da cabine. Em
sua performance no último domingo, frases como "oi" e "estão
falando comigo" apareciam na tela
e conquistavam as pessoas.
Já na apresentação do mestre do
butô Kazuo Ohno, no último sábado, o público atirou rosas ao final
de sua apresentação. A interação
contou com o "apoio logístico" da
produção do Sesc, que antes havia
distribuído as flores ao público,
orientando as pessoas para que as
atirassem ao dançarino.
Quem não jogou andava pelo espaço com as flores na mão. Outros
acabaram por oferecer as flores
aos alunos de Ohno, que se apresentaram depois.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|