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São Paulo, sexta-feira, 11 de julho de 2003

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BATOM, BRILHO E PANCADA

Rodrigo Santoro diz que seu trabalho no filme "é só mais um personagem, não um começo"

"Não é mais do que "Bicho de 7 Cabeças'"

DA REPORTAGEM LOCAL

Randy Emmers, personagem de Rodrigo Santoro, 27, em "As Panteras Detonando" tem três cenas no filme -atende o telefone, pratica surfe e motocross. Nas três, surge sem camisa.
Investigando, as moças suspeitam que ele matou uma das vítimas e seguem sua pista. Mas outro vilão atravessará o caminho.
Emmers não diz palavra, mas Drew Barrymore, Cameron Diaz e Lucy Liu não economizam as suas em elogios ao ator brasileiro. Os adjetivos: "caloroso", "talentoso", "divertido", "[presença] impressionante". A seguir, a vez de Santoro falar. (SILVANA ARANTES)
 

Folha - Não teme repetir nos EUA o percurso que fez aqui -firmar-se como galã, para só depois ser reconhecido como ator de talento?
Rodrigo Santoro -
Sei que, de uma forma ou de outra, estou me introduzindo num outro mercado, mas não enxergo dessa forma. Para mim, é mais um personagem, não um começo. Criaram [no Brasil] uma expectativa gigantesca sobre minha participação em "As Panteras". Agora fazem polêmica sobre minha fala ter sido cortada.
Num filme de ação, milhares de sequências podem ser cortadas. Neste, a sequência do surfe estava longa. Uma prancha quebrava e se explicava o porquê. O que eu falava era totalmente irrelevante para a história. O personagem não foi diminuído. O que li [no roteiro], o que concordei em fazer é exatamente o que está na tela.

Folha - O personagem é seu cartão-de-visitas em Hollywood?
Santoro -
Não. Foi bacana ter tido essa experiência, mas olho para isso e vejo que "As Panteras" não é mais importante do que "Bicho de Sete Cabeças" [de Laís Bodanzky] ou "Abril Despedaçado" [de Walter Salles], muito pelo contrário. O que aconteceu lá fora é fruto de um trabalho feito aqui. Não estou planejando [carreira internacional]. Quero é ter novas experiências, evoluir, aprender.

Folha - Quer dizer que você não tem um planejamento de carreira?
Santoro -
De jeito nenhum. Trabalho há nove anos e já vi quanto o olhar da crítica e do público fogem ao nosso controle. Tenho meus desejos, mas idealizo. Vou atrás dos projetos que estou a fim de fazer, como no caso de "Carandiru" [de Hector Babenco]. Acabei fazendo um personagem interessantíssimo [o travesti Lady Di].

Folha - Há chance de fazer na TV personagem tão fora do padrão?
Santoro -
É difícil, principalmente trabalhando com novela, que é outra abordagem.

Folha - E lhe agrada?
Santoro -
Sim, me agrada. Encaro como uma reciclagem.


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