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São Paulo, quinta-feira, 11 de setembro de 2003

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Política marcou carreira de arquiteto

DA REPORTAGEM LOCAL

A mostra sobre Vilanova Artigas faz uma homenagem, ao menos do lado expositivo, que valoriza suas obras, mas omite outra faceta tão importante quanto seu trabalho: sua militância política e pedagógica.
A omissão é proposital. "Aqui queremos mostrar a sua produção como artista", diz Ricardo Ohtake. Mas há uma frase na exposição que resume a sua forma de atuação: "O que fazer? Esperar por uma nova sociedade e continuar fazendo o que fazemos, ou abandonar os misteres de arquiteto (...) e nos lançarmos na luta revolucionária completamente? Nenhum dos dois unicamente".
Essa faceta, no entanto, ganha mais visibilidade no livro e no DVD lançados com a mostra, pois é impossível contar a história de Artigas sem se referir ao seu engajamento no Partido Comunista, o que influenciou muitos de seus alunos.
No livro a ser lançado, cabe à filha do arquiteto, Rosa Artigas, recuperar essa história. Ela narra de forma detalhada toda a trajetória do pai, seja do ponto vista político, seja do ponto de vista acadêmico, como a prisão do arquiteto pelo regime militar, em 1964, e seu afastamento da USP, em 1969. É no vídeo, no entanto, que o papel de educador ganha destaque, com os testemunhos de ex-alunos e colaboradores, como Ruy Ohtake e Paulo Mendes da Rocha, ou do companheiro do "partidão", Oscar Niemeyer. (FCY)

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