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Funcionários ameaçam tirar TV Cultura do ar
DA REPORTAGEM LOCAL
A TV Cultura poderá ser tirada
do ar por seus funcionários na
próxima segunda-feira, de acordo
com Nilton de Martins, diretor-coordenador do Sindicato dos
Trabalhadores em Empresas de
Rádio e Televisão de São Paulo.
A informação foi dada ontem
na Assembléia Legislativa de São
Paulo, durante um depoimento
da secretária Cláudia Costin (Cultura) sobre a crise na emissora.
Martins afirmou que os 1.100
funcionários da emissora ligados
ao sindicato poderão entrar em
greve a partir do meio-dia da próxima segunda se não houver o pagamento do dissídio da categoria,
que está atrasado, segundo ele.
Em paralisação, de acordo com
Martins, os empregados podem
tirar a emissora do ar ou fazer alguma alteração na programação,
como a inserção de um comunicado no ar. O mesmo aconteceria
com as rádios Cultura AM e FM.
De acordo com Martins, a Fundação Padre Anchieta (que administra a TV e as rádios) não repassa reajustes salariais desde maio
de 2002. A fundação, por meio de
sua assessoria, afirmou que "está
em busca de uma solução" quanto ao pagamento do dissídio.
Proposta
Ao debater a crise da TV com
deputados, Costin disse que o governo federal deveria "entrar com
algum dinheiro" pelo fato de a
emissora ceder sua programação
a várias TVs educativas do país.
"Estamos em negociação com o
governo federal porque a TV Cultura oferece de graça toda a sua
programação. Não sei se o contribuinte de São Paulo [a TV é mantida majoritariamente com verba
pública] concorda com isso num
momento de crise. O governo federal tem de entrar com algum dinheiro se desejar ter essa programação para toda a população."
A Cultura também exibe gratuitamente conteúdo da TVE do Rio
(ligada ao governo federal), e das
educativas do Rio Grande do
Norte, Rio Grande do Sul, Bahia.
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