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São Paulo, quinta-feira, 11 de setembro de 2003

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Funcionários ameaçam tirar TV Cultura do ar

DA REPORTAGEM LOCAL

A TV Cultura poderá ser tirada do ar por seus funcionários na próxima segunda-feira, de acordo com Nilton de Martins, diretor-coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Rádio e Televisão de São Paulo.
A informação foi dada ontem na Assembléia Legislativa de São Paulo, durante um depoimento da secretária Cláudia Costin (Cultura) sobre a crise na emissora.
Martins afirmou que os 1.100 funcionários da emissora ligados ao sindicato poderão entrar em greve a partir do meio-dia da próxima segunda se não houver o pagamento do dissídio da categoria, que está atrasado, segundo ele.
Em paralisação, de acordo com Martins, os empregados podem tirar a emissora do ar ou fazer alguma alteração na programação, como a inserção de um comunicado no ar. O mesmo aconteceria com as rádios Cultura AM e FM.
De acordo com Martins, a Fundação Padre Anchieta (que administra a TV e as rádios) não repassa reajustes salariais desde maio de 2002. A fundação, por meio de sua assessoria, afirmou que "está em busca de uma solução" quanto ao pagamento do dissídio.

Proposta
Ao debater a crise da TV com deputados, Costin disse que o governo federal deveria "entrar com algum dinheiro" pelo fato de a emissora ceder sua programação a várias TVs educativas do país. "Estamos em negociação com o governo federal porque a TV Cultura oferece de graça toda a sua programação. Não sei se o contribuinte de São Paulo [a TV é mantida majoritariamente com verba pública] concorda com isso num momento de crise. O governo federal tem de entrar com algum dinheiro se desejar ter essa programação para toda a população."
A Cultura também exibe gratuitamente conteúdo da TVE do Rio (ligada ao governo federal), e das educativas do Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Bahia.


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