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Projeto dialoga com memória do espaço
DA REPORTAGEM LOCAL
O espetáculo "Arena Conta Danton" está inserido no
projeto de ocupação do teatro pela cia. Livre ao longo de
2004. Em paralelo, acontece
o evento "Cia. Livre Conta
Arena 50 Anos", que dialoga
com a história do teatro de
99 lugares em funcionamento desde fevereiro de 1955
-na primeira fase, com peças da cia. de Teatro de Arena, de José Renato, 78.
A memória do espaço que
reafirmou a importância do
autor brasileiro, de uma dramaturgia com voz própria, é
resgatada por meio de leituras, depoimentos e debates.
Os depoimentos deste
mês, por exemplo, prevêem
uma dupla de peso daquele
período. Na próxima quarta-feira, fala Augusto Boal. O
dramaturgo vive atualmente
no Rio e tornou-se referência internacional com as técnicas do Teatro do Oprimido, embrionárias justamente do período em que trabalhou no Arena, nos anos 60.
No dia 22 é a vez de Gianfrancesco Guarnieri, autor
de "Eles Não Usam Black-Tie" (58), um texto fundamental, entre outras coisas,
por introduzir pela primeira
vez o papel de um operário e
expor o conflito de classes.
Até novembro, participam
os atores Nelson Xavier (29/
9), Paulo José (6/10), Juca de
Oliveira (13/ 10), Míriam
Muniz (20/10), Lima Duarte
(27/10), David José e Izaías
Almada (3/11), Renato Consorte, Rolando Boldrin e
Umberto Magnani (10/11),
Celso Frateschi, Denise del
Vecchio e Dulce Muniz (17/
11) e, para encerrar o ciclo,
noite com Boal, Guarnieri e
José Renato (24/11).
O projeto de 50 anos é patrocinado pela Petrobras. A
ocupação do teatro vai até
dezembro, conforme edital
da Funarte, órgão do MinC
responsável pela manutenção do espaço.
Tanto nas peças quanto
nos eventos, a cia. Livre adotou a campanha "pague
quanto der: é ingresso, não é
contribuição". Criada em
1999, a companhia já montou peças como "Toda Nudez Será Castigada", de Nelson Rodrigues, e "Um Bonde Chamado Desejo", de
Tennessee Williams, entre
outras.
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