São Paulo, quinta-feira, 11 de setembro de 2008

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Crítica

Lee cria trama fantástica, mas desinteressante

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Em "O Plano Perfeito" (TC Pipoca, 23h50; não recomendado para menores de 14 anos), de Spike Lee, Denzel Washington é um desses detetives que gostam de ir até o fim das coisas e não se conformam com as soluções de compromisso, nem que por isso ameacem provocar enormes desastres.
Aqui, temos um assalto planejado à perfeição por Clive Owen, com uma série de particularidades que dificultam sua decifração. Mas não só: no meio aparece uma intermediária, na pessoa de Jodie Foster, que não se sabe muito bem para que lado trabalha.
Denzel, sabemos, trabalha sempre para o lado da elegância. A verdade para ele se confunde com a elegância. Ora, Clive Owen não é assim tão diferente. Os dois se identificam nesse item (e se diferenciam de Jodie, pesada, grosseira -não pessoalmente, mas no papel).
Talvez por isso o filme deixe para o fim sua grande revelação. Na verdade, é o que ele tem de decepcionante: uma trama secreta e mirabolante, até possível, mas não interessante.


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