São Paulo, sábado, 11 de setembro de 2010

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CRÍTICA SUSPENSE

"Vestida para Matar" mostra como De Palma fala com imagens

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Consta que John Ford, ao filmar, era capaz de jogar fora páginas e páginas de um roteiro e substituí-las por alguns gestos, alguns objetos, uma luz específica. A imagem é o fundamento do cinema, mesmo no sonoro.
Mas nem todos sabem falar com imagens. Mais raros sabem falar tão bem quanto Brian de Palma.
Quem duvidar que veja, hoje, em "Vestida para Matar" (TCM, 22h, 14 anos), a parte de Angie Dickinson quando vai ao museu, tem um encontro amoroso, faz uma descoberta terrível sobre o amante e é morta num elevador. Tudo ali é imagem.
Não é tão diferente, à parte a algazarra, do início do terror "Carrie, a Estranha" (TCM, 23h35, 18 anos), quando o sangue escorre pelo corpo de Sissy Spacek, ou de seus finais.
Pode-se conferir as mesmas virtudes em "Operação França" (TC Cult, 0h05, 12 anos), de Friedkin, e, talvez, em "Fale com Ela" (TC Cult, 22h, 18 anos), de Almodóvar.


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