São Paulo, domingo, 11 de setembro de 2011

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Próximo domingo terá clássico de Vittorio De Sica

'Os Girassóis da Rússia' é o sétimo título da Coleção Folha Cine Europeu

Filme do cineasta italiano narra história de amor interpretada por Sophia Loren e Marcello Mastroianni

DE SÃO PAULO

É um dos filmes mais queridos da história do cinema. A tocante história de amor de "Os Girassóis da Rússia" (1970) chega às bancas no próximo domingo pela Coleção Folha Cine Europeu, que comenta a obra do diretor italiano Vittorio De Sica.
A empatia do público muito tem a ver com o carisma de Marcello Mastroianni e Sophia Loren. Eles são o casal Antonio e Giovanna, cuja intensa história de amor é interrompida pela Segunda Guerra Mundial.
O início do longa mostra a mulher procurando informações sobre o marido, desaparecido em combate. Em flashbacks, é contado o nascimento do amor entre os dois.
Giovanna, não acreditando na possível morte do marido, decide procurá-lo. E terá uma dura revelação. A trilha de Henry Mancini é outra marca do filme. Assim como ser um contraponto ao cinema italiano de então, voltado ao "realismo" de dramas sociais e filmes-denúncia.
É a típica liberdade de um artista como Vittorio De Sica (1901-1974), que nunca se prendeu a um movimento ou cartilha de cinema. Ele começou cedo, numa ponta em 1917 e depois no final dos anos 1920, como ator. Bonito e simpático, virou o grande galã das comédias românticas do pré-guerra.
De Sica estrearia na direção em 1940, oito anos antes de realizar sua obra-prima, "Ladrões de Bicicleta", grande marco do neorrealismo.
Para outro colega, Roberto Rossellini ("Roma, Cidade Aberta"), De Sica deu sua melhor atuação em "De Crápula a Herói" (1959). Ao longo dos 15 anos seguintes, continuou atuando, dirigindo e produzindo, sempre aberto a diferentes modos de fazer cinema.
Foi assim que deixou suas marcas, tanto em dramas neorrealistas como "Umberto D." (1952) como na comédia "Matrimônio à Italiana" (1964) ou no refinado "O Jardim dos Finzi Contini" (1970).


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