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TELEVISÃO
Com o fim do contrato com a Band, cantora poderá assumir papel em "América", novo trabalho de Glória Perez
Preta Gil decide se será funkeira em novela
LAURA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
É o papel de cantora de funk da
Baixada Fluminense que espera
Preta Gil na próxima novela das
oito da Globo, "América", de Glória Perez. A substituta de "Senhora do Destino" entra no ar no mês
de março, justamente quando
vence o contrato da filha do ministro da Cultura como apresentadora da Bandeirantes.
Fora a óbvia tentação de atuar
no horário de maior audiência da
TV, apesar de sua pouca experiência no ramo, há outro atrativo
no convite global: Preta poderá
incluir uma música de seu próximo CD na trilha da novela e aproveitar o personagem para "turbinar" a carreira de cantora. "Isso
tudo é real e muito tentador. O
convite me deixou em ebulição e
aflição. Quem não quer fazer uma
novela da Glória Perez?", afirma.
A resposta, diz, só virá no fim
deste ano ou início do próximo.
Mas ela, que começou na TV com
um papel secundário em "Agora
É que São Elas" (Globo), dá outra
pista de que o "sim" é mais provável do que o "não". "Estudei para
ser atriz e cantora. Já a idéia de ser
apresentadora, a princípio, não
era minha, foi despertada em
mim pela Marlene [Mattos, diretora artística da Band]."
Preta afirma estar bem na Band
e tranqüila com o fato de a direção
da emissora ter passado a fazer
cortes em seu "Caixa Preta" e controlado seu linguajar. Levada à
TV por Marlene, ela não é mais a
"paquita rebelde" da estréia, há
menos de quatro meses. "Enquadrada", evita palavrões e histórias
muito picantes.
"Estou mais consciente do que
significa ter programa numa TV
aberta. Existia todo um romantismo de que pudesse ser totalmente
eu mesma, falar minhas bobagens, palavrão. Tenho de me adequar à Band e me autocensurar
sim, porque devo respeito ao telespectador e às regras do canal."
Coincidência ou não, o começo
escrachado -no qual chegou a
contar que tentou "ficar" com a
modelo Mariana Weickert- rendeu cinco pontos de média no
Ibope, e a seqüência "comportada" caiu para algo entre dois e três
(cada ponto equivale a 49,5 mil
domicílios na Grande SP), abaixo
das expectativas da rede.
Preta diz não ver relação entre
sua mudança de comportamento
e a audiência. "Na estréia, existe
um público maior que assiste, e
quem gosta passa a ver sempre.
Pode parecer pouco, mas subimos 0,2 ou 0,3 por semana, o que
em TV é muito. O "Caixa Preta"
[no ar aos sábados, às 22h] está
pegando. O Fausto [Silva] e o Luciano Huck na Band davam média de 1,5."
A direção da Band corta o que
considera "excessivo, over". "Se
fosse numa emissora fechada ou
numa MTV da vida, talvez pudesse falar todos os palavrões."
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