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Morre o ator Jack Palance, 87, vencedor do Oscar em 1992
DA REPORTAGEM LOCAL
Morreu ontem, aos 87
anos, na Califórnia, o ator
Jack Palance, conhecido pelos papéis de caubói em filmes como "Os Brutos Também Amam" e "Amigos,
Sempre Amigos". O porta-voz do ator, Dick Guttman,
disse que a morte ocorreu
por "causas naturais".
Boxeador profissional e
veterano da Segunda Guerra
Mundial, Palance só fez sua
estréia no cinema em 1950,
com "Pânico nas Ruas", de
Elia Kazan. Dois anos depois,
dividiu a tela com Joan
Crawford em "Precipícios d"
Alma", de David Miller. O papel de Lester Blaine lhe valeu
a primeira indicação ao Oscar como ator coadjuvante.
Em 1953, pelo Jack Wilson
de "Os Brutos...", foi lembrado para o prêmio pela segunda vez na mesma categoria.
Entretanto, a vitória só
veio na terceira indicação,
pelo personagem Curly
Washburn, um coadjuvante
em "Amigos, Sempre Amigos". Na comédia de 1991, parodiava a própria fama de vilão e dividia a tela com Billy
Cristal.
No meio de seu discurso de
agradecimento pelo prêmio,
em 1992, ele protagonizou
um dos momentos mais insólitos da história da premiação: deitou-se no chão do
palco e realizou uma série de
flexões com apenas um braço. A idéia era mostrar a ainda boa forma física de um senhor de 73 anos. Mais tarde,
perguntado sobre a razão daquilo, justificou-se: "Não sabia mais o que fazer".
Palance também se notabilizou por atuar ao lado de
Brigitte Bardot em "O Desprezo" (1963), um dos mais
relevantes filmes do francês
Jean-Luc Godard.
O mau humor do ator na
ficção encontrava algum eco
na realidade. Certa vez, durante uma entrevista, Palance disse: "A maior parte das
coisas que faço é lixo". Não
satisfeito, o ator acrescentou: "Boa parte dos diretores
com quem já trabalhei são
incompetentes".
Na TV, Palance ficou conhecido como apresentador
da série "Acredite se Quiser",
exibida no Brasil pela extinta
TV Manchete.
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