São Paulo, domingo, 11 de novembro de 2007

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Para Malkovich, longa é "decisão comercial"

DO ENVIADO ESPECIAL A LOS ANGELES

Como se suas feições e seu ar naturalmente exóticos não bastassem, John Malkovich se senta à mesa durante a série de entrevistas vestindo um paletó verde, quadriculado, de flanela. É também o único de gravata (ferrugem). Acredite: pelo menos na aparência, você não ia querer ser John Malkovich.
O próprio ator, aliás, não recomenda a experiência. "Você não ia gostar", diz, respondendo como é ser ele, pergunta inspirada pelo título do filme que catapultou sua imagem, "Quero Ser John Malkovich".
Como seu parceiro de filme Hopkins, Malkovich ostenta uma postura despreocupada para justificar sua incursão pelo mundo dos blockbusters como "A Lenda de Beowulf".
"Não penso muito nisso, talvez seja uma forma de defesa. Enquanto for isso o que as pessoas querem ver, haverá mercado para esses filmes."
O ator não tenta, como costuma acontecer neste tipo de entrevista, dourar a pílula defendendo supostos méritos artísticos da obra.
"Quando eu era criança, produções desse tipo eram classificadas como filmes B. Hoje são tipo A. Mas não tenho preconceito contra nenhum gênero, já fiz todos, inclusive no teatro. Esse tipo de coisa é uma decisão comercial e eu lido bem com isso. Quando escolho um filme de Manoel de Oliveira [fez "Um Filme Falado'] não é uma decisão comercial."
Por fim, refuta a imagem de ator de obras "sérias". "Não tenho como objetivo fazer filmes de arte que colocam as pessoas num estado vegetativo." (MAC)


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