São Paulo, quarta-feira, 11 de dezembro de 2002

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TELEVISÃO

TV pública pressiona por independência

Zé Paulo Cardeal/TV Globo
GUIRLANDA Ex-apresentador do "Vídeo Show", o ator Miguel Falabella grava, para a edição de sexta-feira, participação em brincadeira natalina do programa envolvendo o elenco da Globo


DANIEL CASTRO
COLUNISTA DA FOLHA

Em encontro a partir de hoje em Florianópolis, a Abepec (Associação Brasileira das Emissoras Públicas, Educativas e Culturais), que reúne 19 TVs do país, discute formas de pressionar o próximo governo pela adoção de uma nova legislação para esse tipo de televisão, ligada e dependente de verbas de governos estaduais. Lideradas pela TV Cultura, de São Paulo, as emissoras públicas querem que o governo Lula assuma uma proposta de projeto de lei, elaborado pela Abepec e entregue a todos os candidatos à Presidência durante a campanha. A proposta muda o conceito dessas TVs, de estatais para públicas. O novo conceito prevê emissoras exploradas e financiadas pela União, Estados, municípios, universidades e fundações, mas com independência editorial, sem interferência dos governos. A proposta também legaliza a prática de veiculação de anúncios chamados institucionais, de empresas privadas, como já fazem a Cultura e a TVE, a título de "apoio cultural", uma forma de vitaminar as escassas verbas estatais. A rigor, a atual legislação, dos anos 60, veta publicidade e qualquer outra programação que não seja a exibição de aulas e conferências. "Vamos decidir agora a estratégia para fazer isso funcionar", diz Jorge da Cunha Lima, presidente da Cultura e da Abepec, sobre o encontro de Florianópolis _que terá deputados petistas e representante da equipe de transição.

OUTRO CANAL

Banho 1
O quarto lugar de "A Turma do Gueto" no Ibope de anteontem (atrás até da Rede TV!, com 6 pontos) foi uma ducha de água fria nas já complicadas negociações, entre a produtora Casablanca e a Record, pela segunda temporada do seriado.

Banho 2
A Casablanca, que com o protagonista Netinho de Paula arca com quase metade dos R$ 150 mil de custos de cada episódio, anda insatisfeita com a Record. A emissora cortou o crédito da produtora na abertura, anda atrasando o início do programa e chegou a exibir no final de um episódio dez minutos do seguinte.

Final triste 1
Filhas de Benedito Ruy Barbosa, Edmara e Edilene Barbosa andam colocando fogo na já tumultuada relação do autor com a Globo. Elas esperavam assumir "Esperança", mas a Globo escalou Walcyr Carrasco.

Final triste 2
Edmara tem dado entrevistas dizendo que o pai não assiste mais à novela porque fica nervoso com as interferências de Carrasco e tem vontade de fumar _o que ele está proibido de fazer.

Balanço
Começaram ontem as gravações de "O Ano de Glória". Misturando ficção e realidade, o quadro da Globo faz uma retrospectiva de 2002 a partir da personagem Glória, interpretada por Denise Fraga. Vai ao ar nos dois últimos "Fantástico" deste ano.

E-mail - daniel.castro@uol.com.br


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