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FILMES
TV ABERTA
Original de 1960 ofusca "O Talentoso Ripley"
Superstar - Despenca uma Estrela
SBT, 14h.
(Superstar). EUA, 1999, 92 min. Direção:
Bruce McCulloch. Com Molly Shannon,
Will Ferrell. Mary Catherine
(originalmente personagem de Molly
Shannon no "Saturday Night Live") é
uma estudante católica de quem os
rapazes fogem. Mas ela quer ser beijada
por um certo rapaz e trata, para isso, de
disputar um concurso em sua escola.
Casar ou Não Casar?
SBT, 16h.
(Jitters). EUA, 1997. Direção: Bob Saget.
Com Joely Fisher, James Acheson. Rita
(Fisher), dentista, separada,
independente, enfrenta seus fantasmas
quando o namorado a pede em
casamento. Feito para TV.
A Rede
Globo, 16h15.
(The Net). EUA, 1995, 114 min. Direção:
Irwin Winkler. Com Sandra Bullock,
Jeremy Northam. Ao acessar
inadvertidamente um site da internet, a
analista de sistemas de computação
Bullock se vê envolvida por rede infernal,
que troca sua identidade e a deixa na
pior. Ela terá de lutar muito para se safar
dessa. O filme foi feito num momento
em que a internet era coisa pouco
conhecida, portanto aberta a fabulações
as mais fabulosas.
Blackjack
Record, 21h.
Canadá, 1998, 94 min. Direção: John
Woo. Com Dolph Lundgreen, Kate
Vernon. O guarda-costas Dolph assume a
missão de proteger a filha de um dono de
cassino contra gângsteres russos. Filme
de Woo para televisão. A conferir.
O Talentoso Ripley
Globo, 23h05.
(The Talented Mr. Ripley). EUA, 1999, 139
min. Direção: Anthony Minghella. Com
Matt Damon, Gwyneth Paltrow. O livro
de Patricia Highsmith deu, em 1960, em
"O Sol por Testemunha", ao qual "O
Talentoso Ripley" não faz sombra. A
história diz respeito ao assassinato (por
Ripley) de um ricaço europeu de quem
rouba, antes de tudo, a identidade.
A Lente do Amor
SBT, 0h.
(Addicted to Love). EUA, 1997, 100 min.
Direção: Griffin Dunne. Com Meg Ryan,
Matthew Broderick. Devidamente
passados para trás por seus ex, Ryan e
Broderick encontram-se. A idéia dele é
reconquistar a garota, agora com um
francês bonitão; a dela é vingança.
Paixão Tentadora
Bandeirantes, 2h.
(Tainted Love). EUA, 1995, 96 min.
Direção: Jag Mundhra. Com Doug
Jeffery. Uma policial se faz passar por
modelo para melhor investigar caso de
modelos assassinadas. Aí ela é
contratada por um estilista. Aí os dois se
apaixonam. Aí, claro, o cara tem tudo
para ser o criminoso.
Quarta Fase - A Humanidade Refém do Medo
SBT, 2h.
(Phase 4). EUA, 2001, 103 min. Direção:
Bryan Goeres. Com Dean Cain, Brian
Bosworth. Pequena produção em que
estudante de jornalismo topa o desafio
de investigar a morte misteriosa de uns
tantos universitários da Nova Inglaterra.
Terror a Bordo
Globo, 3h35.
(Dead Calm). Austrália, 1989, 97 min.
Direção: Phillip Noyce. Com Nicole
Kidman, Sam Neill. Casal (Kidman/Neill)
acolhe em seu barco o único
sobrevivente de um veleiro, cujos
tripulantes teriam sido envenenados por
comida estragada. Tempos depois, o
suposto sobrevivente rouba o barco e
leva a mulher como refém. Caberá ao
marido persegui-lo.
Mamãe É um Presente
SBT, 3h50.
(A Mom for Christmas). EUA, 1990, 96
min. Direção: George Miller. Com Olivia
Newton-John, Juliet Sorcey. História de
menina órfã, mais fada madrinha, para
efeito de preparação para o Natal.
(IA)
TV PAGA
Em "Migração Alada", homem é mal da natureza
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Não sei como será ver "Migração Alada" na TV. No cinema foi apaixonante assistir ao
movimento das aves migrando
em determinadas estações do
ano, buscando condições melhores. Talvez isso pareça pouco. Mas
há algo de fascinante nesses animais, que é o fato de viajarem juntas -as de cada espécie, claro-,
solidárias, como um exército.
Sim, existe algo de militarista
nesse movimento alado, no sentido em que diz respeito à sobrevivência. Quando exércitos se movem, o que está em causa é a sobrevivência de uma nação, de
uma cultura ou de uma idéia (ou
os três). Entre os homens é preciso existir uma hierarquia rígida
para que a solidariedade não se
despedace. Mas, também, o soldado é bucha de canhão.
Os pássaros, mais modestamente, buscam condições atmosféricas para sobreviver. Fazem
lembrar "Vidas Secas", onde o
deslocamento humano é determinado pela geografia e pela pulsão
de vida.
De repente, em "Vidas Secas",
começa a chover. O rosto de Fabiano se ilumina. Não é bem uma
chuva, é mais uma bênção. A analogia é, evidentemente, absurda:
pássaros não são homens. O filme
que Jacques Perrin produziu toma os pássaros naquilo que têm
de específico, não faz deles metáfora de nada. Mas é impossível, às
vezes, não fazer aproximações
com o destino humano.
Até porque o filme é dominado
por uma natureza que parece
sempre intocada, pura, como se
nós, homens, fôssemos a própria
catástrofe, aquilo que conspurca a
natureza. Perrin está contra a sociedade e do lado de Robert Flaherty ("Nanook, o Esquimó",
1922), de F.W. Murnau ("Tabu",
1930). Mas na virada do século 21
talvez não haja mais como buscar
esse homem natural, o esquimó, o
polinésio. Sua opção é pela natureza em estado puro.
MIGRAÇÃO ALADA. Quando: hoje, às
10h45, no HBO.
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