São Paulo, segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

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Sandy se aventura pelos clássicos

Com o pianista Marcelo Bratke, ela canta Villa-Lobos, Cole Porter e Tom Jobim no Auditório Ibirapuera

IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em meio às provas e trabalhos de final de semestre na faculdade, aos shows de sua carreira com o irmão Junior e aos preparativos de uma turnê jazzística que deve começar em março de 2007, Sandy resolveu flertar com os clássicos. Com ingressos pelo mesmo preço do badalado recital de piano solo de Nelson Freire, a cantora apresenta-se nesta quinta-feira em espetáculo de voz e piano, acompanhada pelo pianista Marcelo Bratke.
"Esse projeto, para mim, é muito mais do que um desafio. Só quando fiz o primeiro ensaio é que eu tive idéia de onde estava me metendo", conta. "O repertório exige muita concentração, porque é algo que não estava acostumada a fazer. Mas estou adorando."
Bratke montou um repertório que espelha três compositores brasileiros e três norte-americanos. A primeira parte traz Tom Jobim, Claudio Santoro e Villa-Lobos; a segunda, George Gershwin, Cole Porter e Duke Ellington.
A idéia surgiu há oito anos, quando ele fez o espetáculo "Da Bossa Nova ao Jazz", com o violonista Yamandú Costa. "Desde então, venho imaginando um espetáculo com uma cantora popular, que fizesse essa mesma trajetória, incluindo a música erudita influenciada pela bossa nova e pelo jazz", conta o pianista.
Se Sandy já cantou Villa-Lobos com orquestra ("Melodia Sentimental", incluída no espetáculo), esta é sua primeira experiência com as canções do compositor erudito amazonense Claudio Santoro (1919-1989), com letra de Vinicius de Moraes, e um ambiente harmônico que anuncia a bossa nova.
"Nunca tinha ouvido falar nele, e estou achando demais, por causa da riqueza harmônica e melódica", diz a cantora. Tanto nas canções de Jobim ("Luiza", em versão piano solo, mais "Inútil Paisagem", "Fotografia" e "Retrato em Preto e Branco") quanto nas de Gershwin ("Três Prelúdios" para piano solo, além de "The Man I Love", "S Wonderful" e "Summertime"), Bratke estudou as gravações originais de ambos os compositores, para emular seu estilo pianístico.
Em Sandy, ele vê potencial para recriar, vocalmente, o estilo desses autores. "A voz dela é perfeita para isso, porque soa meio retrô, e pode tanto improvisar na parte jazzística, quanto evocar os musicais dos anos 30.
Sem deixar de ter personalidade própria, Sandy aparece como um camaleão no meio destes compositores", afirma.


SANDY E MARCELO BRATKE
Quando:
qui. (dia 14), às 20h30
Onde: Auditório Ibirapuera - parque Ibirapuera (av. Pedro Álvares Cabral, s/nš, portão 2, tel. 5908-4299)
Quanto: R$ 160 (R$ 30 no setor superior, somente na bilheteria do auditório)


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