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Sandy se aventura pelos clássicos
Com o pianista Marcelo Bratke, ela canta Villa-Lobos, Cole Porter e Tom Jobim no Auditório Ibirapuera
IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Em meio às provas e trabalhos de final de semestre na faculdade, aos shows de sua carreira com o irmão Junior e aos
preparativos de uma turnê jazzística que deve começar em
março de 2007, Sandy resolveu
flertar com os clássicos. Com
ingressos pelo mesmo preço do
badalado recital de piano solo
de Nelson Freire, a cantora
apresenta-se nesta quinta-feira
em espetáculo de voz e piano,
acompanhada pelo pianista
Marcelo Bratke.
"Esse projeto, para mim, é
muito mais do que um desafio.
Só quando fiz o primeiro ensaio
é que eu tive idéia de onde estava me metendo", conta. "O repertório exige muita concentração, porque é algo que não
estava acostumada a fazer. Mas
estou adorando."
Bratke montou um repertório que espelha três compositores brasileiros e três norte-americanos. A primeira parte
traz Tom Jobim, Claudio Santoro e Villa-Lobos; a segunda,
George Gershwin, Cole Porter
e Duke Ellington.
A idéia surgiu há oito anos,
quando ele fez o espetáculo "Da
Bossa Nova ao Jazz", com o violonista Yamandú Costa. "Desde
então, venho imaginando um
espetáculo com uma cantora
popular, que fizesse essa mesma trajetória, incluindo a música erudita influenciada pela bossa nova e pelo jazz", conta o
pianista.
Se Sandy já cantou Villa-Lobos com orquestra ("Melodia
Sentimental", incluída no espetáculo), esta é sua primeira experiência com as canções do compositor erudito amazonense Claudio Santoro (1919-1989), com letra de Vinicius de Moraes, e um ambiente harmônico que anuncia a bossa nova.
"Nunca tinha ouvido falar
nele, e estou achando demais,
por causa da riqueza harmônica e melódica", diz a cantora.
Tanto nas canções de Jobim
("Luiza", em versão piano solo,
mais "Inútil Paisagem", "Fotografia" e "Retrato em Preto e
Branco") quanto nas de Gershwin ("Três Prelúdios" para piano solo, além de "The Man I Love", "S Wonderful" e "Summertime"), Bratke estudou as gravações originais de ambos os
compositores, para emular seu
estilo pianístico.
Em Sandy, ele vê potencial
para recriar, vocalmente, o estilo desses autores. "A voz dela é
perfeita para isso, porque soa
meio retrô, e pode tanto improvisar na parte jazzística, quanto
evocar os musicais dos anos 30.
Sem deixar de ter personalidade própria, Sandy aparece como um camaleão no meio destes compositores", afirma.
SANDY E MARCELO BRATKE
Quando: qui. (dia 14), às 20h30
Onde: Auditório Ibirapuera - parque
Ibirapuera (av. Pedro Álvares Cabral,
s/nš, portão 2, tel. 5908-4299)
Quanto: R$ 160 (R$ 30 no setor superior, somente na bilheteria do auditório)
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