São Paulo, sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

TELEVISÃO

Crítica

"O Nome da Rosa" retém pouco das ideias do livro

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"O Nome da Rosa" (TC Cult, 22h, 14 anos) é um filme estranho. Ele segue de maneira fiel a intriga do livro de Umberto Eco, mas parece reter muito pouco de suas ideias.
Talvez a culpa não seja de Jean-Jacques Annaud. Ou por outra: tudo no livro é pessoal, desde a obsessão pela Idade Média e sua fé, pelos livros, pelas heresias. E Annaud parece ter como preocupação central, simplesmente, evitar que um best-seller de papel vire um fracasso de celuloide.
Se era isso, pode-se dizer que o diretor mais ou menos conseguiu. Mas, ao contrário do livro, que nos familiariza com personagens em princípio muito distantes, Annaud parece sentir a Idade Média não como um momento da história do Ocidente, mas como um exotismo em si.
É claro, existe Sean Connery, como o detetive disfarçado de frade franciscano que peita a Inquisição. Ele não é exótico, é verdade, mas Sean Connery nem que se esforçasse conseguiria ser.


Texto Anterior: O melhor do dia
Próximo Texto: José Simão: Socuerro! Cavalos apoiam Arruda!
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.