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Grimes destaca Tunga, Caldas e Schendel
da enviada a Madri
Sete galerias estrangeiras na
Arco estão apresentando com
destaque obras de artistas brasileiros. Três são espanholas,
duas portuguesas, uma francesa e uma americana. Christopher Grimes, de Santa Monica,
EUA, ocupou metade de seu
estande com obras de Tunga. A
galeria mostra ainda trabalhos
de Waltércio Caldas e Mira
Schendel. Leia trechos da entrevista de Grimes à Folha.
Folha - Quando começou
seu interesse pela arte brasileira?
Grimes - Começou com Marcantonio Vilaça, que conheci
em uma feira e, depois, começamos a trabalhar juntos.
Compreendi a complexidade e
profundidade da arte brasileira
voltando a Oiticica, Lygia
Clark.
Folha - A arte brasileira ainda é vista nos EUA como algo
exótico?
Christopher Grimes - Acho
interessante que os EUA e o
Brasil tenham sido colônias européias e recebido influências
dessa cultura, mas tenham trilhado caminhos diferentes nas
artes. A falta de diálogo em
pontos dessa trilha, como na
arte pop, deu frescura e originalidade aos trabalhos que vêm
do Brasil, pois é algo com que
não estamos familiarizados.
Entretanto, por mais que haja
essa percepção do que é diferente de nós, não há dúvida de
que se trata de um trabalho forte e pungente.
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