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FILMES
TV ABERTA
Humor sobressai em "Duro de Matar 3"
Duro de Matar 3 - A Vingança
SBT, 20h30.
(Die Hard with a Vengeance). EUA, 1995,
131 min. Direção: John McTiernan. Com
Bruce Willis, Samuel L. Jackson, Jeremy
Irons. Em seu terceiro dia problemático
(e terceiro filme), o policial McClane
(Willis) tem a parceria do relutante Zeus
Carver (Jackson) e a ação se expande por
Nova York. Mas o filme é desequilibrado.
Os momentos de humor são os melhores
e interessam. Os de ação primam pela
banalidade. Importam mais os primeiros.
Ação Direta
Record, 20h30.
(Direct Action). Canadá, 2004, 97 min.
Direção: Sidney J. Furie. Com Dolph
Lundgren, Polly Shannon, Donald Burda.
É a tal história: policial honesto em meio
a policiais corruptos, Dolph Lundgren
passará por momentos não muito
agradáveis até desmascarar a
bandidagem.
A Mão
SBT, 0h30.
(The Hand). EUA, 1981. Direção: Oliver
Stone. Com Michael Caine, Andrea
Marcovicci, Annie Mcenroe, Bruce Mcgill,
Viveca Lindfors. Jon Lansdale, famoso
cartunista, discutia com sua mulher no
carro. Ela, então, resolve ultrapassar um
caminhão, e, nesta manobra, seu marido
tem a mão direita arrancada. Depois
disso, Jon começa a desenvolver as
habilidades artísticas com a mão
esquerda. Mesmo assim, volta ao lugar
do acidente e, pela força do pensamento,
misteriosamente, a mão decepada
ganha vida própria e começa a atacar e
até matar os desafetos de Jon.
A Última Palavra
Bandeirantes, 1h
(The Last Word). EUA, 1995, 94 min.
Direção: Tony Spiridakis. Com Timothy
Hutton, Joe Pantoliano, Richard
Dreyfuss. Jornalista escreve livro sobre a
Máfia que faz inesperado sucesso e
chama a atenção, inclusive, dos chefões
de Hollywood. Para desgraça de seu
autor (Hutton), também chama a
atenção dos chefões da Máfia.
Caçadores do Desconhecido
SBT, 2h15.
(Shadow Chasers). EUA, 1985, 100 min.
Direção: Kenneth Johnson. Com Dennis
Dugan, Trevor Eve, Nina Foch.
Antropólogo alia-se a jornalista para
investigar fenômenos sobrenaturais que
atingem a cidade após a morte de um
físico num incêndio muito pouco
esclarecido. Feito para TV.Só para SP.
A Última Grande Aventura
SBT, 4h15.
(Last Great Ride). EUA, 1998, 90 min.
Direção: Ralph Portillo. Com Ernest
Borgnine, Eileen Brennan. Um garoto e a
namorada investigam velha casa onde
mora o endividado Borgnine.
Descobrem um tesouro que salva o
homem e, de passagem, o aproximam da
avó do garoto. Aventura familiar. Só para
SP.
(IA)
Até o fechamento desta edição, a Globo
não havia divulgado os filmes exibidos
no domingo.
TV PAGA
"Invasões" obscurece espírito de 68
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Já que a cinefilia é a arte de
discordar sem criar inimizades, aqui vai: "As Invasões Bárbaras" (Telecine Cult, 0h10) me
parece um dos filmes mais equivocados dos últimos anos.
A todo instante escuto, constrangido, que se trata de um filme
magnífico, mas me pergunto se
não se trata apenas de um filme
que sabe com maestria jogar poeira nos olhos de seus espectadores.
Raciocinemos: existem hoje
duas categorias de espectadores,
os que passaram por 1968 e os que
não passaram. Os primeiros de
certa forma alimentam-se do mito de sua revolta, de uma revolta
que por inúmeros motivos não
passa pela cabeça da garotada de
hoje promover.
A revolta de que fala "As Invasões Bárbaras" não implica sofrimento e muito menos desespero.
Não há erro nem errância. O espectador pode fazer até uma experiência e sintonizar, alternadamente, o "Meteorango Kid", de
André Luiz de Oliveira, que o Canal Brasil mostra mais ou menos
ao mesmo tempo (a partir de
23h35) e que foi feito na época,
para perceber que a coisa não foi
assim toda essa sopa.
Nas "Invasões" existe um doente terminal, Rémy, que blasfema
contra uma freira, reúne os amigos no leito de morte e despreza o
filho careta. Em "Meteorango",
um jovem estudante anda de cá
pra lá e, a horas tantas, visualiza
um Cristo crucificado que poderia ser ele mesmo. Rémy tem o
discurso satisfeito dos que sabem.
O "Meteorango Kid" não sabe nada. Ele busca.
Então, o espírito de 68 está nesse
cara que não sabe, mas que busca,
me parece que está em "Meteorango Kid", enquanto o Rémy de
"As Invasões Barbaras" ostenta o
discurso do saber instalado, universitário e confortável. O que era
o antipoder em 68 é o poder nos
anos 2000. Essa é a história, ou pelo menos como eu a vejo.
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