São Paulo, quarta-feira, 12 de março de 2008

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"Pajé tecnológico" dança suas memórias no Sesc

Marcelo Gabriel leva "forças naturais" a solo multimídia

ADRIANA PAVLOVA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Dono de um trabalho solitário e instigante, o coreógrafo e bailarino mineiro Marcelo Gabriel apresenta hoje e amanhã, no Sesc Pompéia, seu novo espetáculo solo, "O Vôo da Serpente Engole o Círculo do Sol".
Gabriel surge sozinho no palco, interagindo com imagens suas exibidas num telão, enquanto sua voz gravada recita textos escritos por ele. Trata-se de um ritual multimídia em que o artista se autodenomina um "pajé tecnológico".
"Encarno um xamã que dialoga com a essência das forças naturais por meio de memórias. A inspiração vem, entre outras coisas, do meu avô, que era judeu francês e adorava mexer com ervas. E também apresento danças circulares indígenas", diz Gabriel, que estreou no fim de 2006 o espetáculo em Belo Horizonte, onde vive, e de lá para cá o levou a Montreal (Canadá), Berlim (Alemanha) e Lisboa (Portugal).
No palco, há ainda a presença de esculturas criadas pela mãe do coreógrafo, a artista plástica Carmen Diniz, que usou vassouras e chifres para representar forças masculinas e femininas. Uma miscelânea de influências que Marcelo Gabriel diz ter resultado em sua melhor criação desde que fundou a Companhia de Dança Burra, há duas décadas. "A influência da dança no meu trabalho de ator nunca esteve tão bem construída", finaliza.


O VÔO DA SERPENTE ENGOLE O CÍRCULO DO SOL
Quando:
hoje e amanhã, às 21h
Onde: Sesc Pompéia (r. Clélia, 93, tel. 0/xx/11/3871-7700)
Quanto: R$ 3 a R$ 12


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