São Paulo, quinta-feira, 12 de abril de 2007

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Música e cinema se unem contra piratas

Executivos dos setores criam entidade para combater a falsificação de CDs e DVDs e o comércio on-line ilegal no país

Associação Antipirataria Cinema e Música será presidida por ex-delegado da Polícia Federal; ações judiciais devem continuar


THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL

Em iniciativa inédita para tentar combater o principal problema que aflige suas indústrias, executivos do cinema e da música juntaram forças e criaram a Associação Antipirataria Cinema e Música (APCM).
A parceria foi anunciada ontem durante entrevista coletiva em um hotel em São Paulo. Participaram, entre outros, representantes da Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD), entidade que reúne as grandes gravadoras brasileiras; da Motion Picture Association (MPA), organização dos maiores estúdios de cinema dos Estados Unidos; e da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI).
A APCM será presidida por Antonio Borges, ex-delegado que, durante seu período na Polícia Federal, realizou operações de apreensão de CDs e DVDs falsificados.
Na prática, a APCM extingue a Associação Protetora dos Direitos Intelectuais Fonográficos (Apdif) e a Associação de Defesa e Proteção da Propriedade Intelectual (Adepi), que trabalhavam separadamente para fiscalizar o direito autoral na música e no cinema no país.
Embora a união dos dois setores em uma associação seja um fato inédito no mundo, segundo os executivos presentes à entrevista, outros tipos de parceria vêm ocorrendo.
"Temos uma relação próxima de trabalho", disse Ian Grant, da IFPI. "Temos de proteger a criatividade de nossos artistas, antes que eles sejam destruídos pela pirataria."
Os executivos vão hoje a Brasília encontrar o ministro da Justiça, Tarso Genro, a quem pedirão a continuidade das operações contra os piratas.
No primeiro trimestre de 2007, 5 milhões de CDs e DVDs piratas foram apreendidos no Brasil. Segundo dados da MPA, em 2006 o setor teve prejuízo de US$ 6,1 bilhões (cerca de R$ 12,30 bi) com a pirataria.
Entre as estratégias de atuação da APCM, estão ações educativas e judiciais (processarão quem colocar na rede grande quantidade de arquivos).


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