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Música e cinema se unem contra piratas
Executivos dos setores criam entidade para combater a falsificação de CDs e DVDs e o comércio on-line ilegal no país
Associação Antipirataria Cinema e Música será presidida por ex-delegado da Polícia Federal; ações judiciais devem continuar
THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL
Em iniciativa inédita para
tentar combater o principal
problema que aflige suas indústrias, executivos do cinema e da
música juntaram forças e criaram a Associação Antipirataria
Cinema e Música (APCM).
A parceria foi anunciada ontem durante entrevista coletiva
em um hotel em São Paulo.
Participaram, entre outros, representantes da Associação
Brasileira dos Produtores de
Discos (ABPD), entidade que
reúne as grandes gravadoras
brasileiras; da Motion Picture
Association (MPA), organização dos maiores estúdios de cinema dos Estados Unidos; e da
Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI).
A APCM será presidida por
Antonio Borges, ex-delegado
que, durante seu período na
Polícia Federal, realizou operações de apreensão de CDs e
DVDs falsificados.
Na prática, a APCM extingue
a Associação Protetora dos Direitos Intelectuais Fonográficos (Apdif) e a Associação de
Defesa e Proteção da Propriedade Intelectual (Adepi), que
trabalhavam separadamente
para fiscalizar o direito autoral
na música e no cinema no país.
Embora a união dos dois setores em uma associação seja
um fato inédito no mundo, segundo os executivos presentes
à entrevista, outros tipos de
parceria vêm ocorrendo.
"Temos uma relação próxima de trabalho", disse Ian
Grant, da IFPI. "Temos de proteger a criatividade de nossos
artistas, antes que eles sejam
destruídos pela pirataria."
Os executivos vão hoje a Brasília encontrar o ministro da
Justiça, Tarso Genro, a quem
pedirão a continuidade das
operações contra os piratas.
No primeiro trimestre de
2007, 5 milhões de CDs e DVDs
piratas foram apreendidos no
Brasil. Segundo dados da MPA,
em 2006 o setor teve prejuízo
de US$ 6,1 bilhões (cerca de R$
12,30 bi) com a pirataria.
Entre as estratégias de atuação da APCM, estão ações educativas e judiciais (processarão
quem colocar na rede grande
quantidade de arquivos).
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