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Festival pode ter onda de protestos
DA REPORTAGEM LOCAL
Organizadores do Festival de
Cannes se reuniram ontem com
representantes dos "intermitentes" (categoria de técnicos em espetáculos cênicos e obras audiovisuais), para tentar evitar uma onda de manifestações durante este
57º festival. Não houve acordo.
Os "intermitentes" estão em
campanha contra a provável adoção, pelo governo francês, de medidas que implicariam perdas trabalhistas para a categoria, sobretudo no seguro desemprego.
No ano passado, quando as medidas já estavam em estudo, os
técnicos realizaram uma greve
que resultou na suspensão do 57º
Festival de Teatro de Avignon, o
mais importante do gênero na
França. O cancelamento do festival, orçado em 8,5 milhões (R$
31,5 milhões), foi decidido na data
de sua abertura. Foi necessário
devolver o valor de 64 mil ingressos vendidos.
Os dirigentes de Cannes dizem
que não há trabalhadores "intermitentes" engajados na organização da mostra, apenas nas equipes dos filmes participantes. O
festival ofereceu à categoria sediar
debates e algumas pequenas manifestações, para tentar manter
sob controle a atuação dos "intermitentes". Nem todos os sindicatos representantes dos trabalhadores concordaram com a idéia.
A diretora francesa Agnès Jaoui
("O Gosto dos Outros") apóia os
"intermitentes". Ela disputa a Palma de Ouro com "Comme une
Image" e deve direcionar as atenções do filme aos manifestantes.
Em 2003, uma greve geral, na
véspera da abertura do Festival de
Cannes (de 14 a 25/5), retardou a
chegada de participantes. Além
da histórica greve de maio de 68, o
festival enfrentou outra, em 1977.
Com agências internacionais
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