São Paulo, quarta-feira, 12 de maio de 2010

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Crítica

"Tieta" reúne mitos em cidade irreal e colorida

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Uma das razões para tantas pessoas terem se decepcionado com "Tieta do Agreste" (Canal Brasil, 22h; 14 anos), adaptação do romance de Jorge Amado, era a lembrança de "Tieta", a novela produzida pela Rede Globo.
Ia-se ao filme como num desses exercícios mais recentes, em que se vê o programa de televisão antes e, depois, se vai ao cinema para, em linhas gerais, confirmar o que se viu.
Ora, "Tieta do Agreste" é um filme cheio de ressonâncias, mas de outra espécie.
Há primeiro Tieta, a velha dama indigna que volta para sua cidadezinha após triunfar no Sul e, com Tieta, chega também a atriz Sônia Braga, a estrela brasileira em Hollywood. Aí já são dois os mitos que se sobrepõem.
Há até Chico Anysio, mito da própria TV, revivendo seus personagens coronelescos.
Mas, acima de tudo, existe a cidadezinha, irreal, limpa, colorida. O que Carlos Diegues propõe se em "Tieta do Agreste" é a olhar o Brasil a partir de um desfile de escola de samba em forma de filme.


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