São Paulo, segunda-feira, 12 de junho de 2006

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FILMES

TV ABERTA

O Grande Roubo do Trem    Record, 14h20 - (Old Nº 587: The Great Train Robbery). EUA, 2000, 80 min. Direção: Dan T. Hall. Com Ran Burns, Nicholas Abeel, Ariadne Backer-Dunn. Grupo de crianças tenta salvar uma velha locomotiva, cujo destino é o ferro velho. Contam com a ajuda do velho maquinista, outro candidato a sucata. Diversão familiar.

Recém-Casados   Globo, 22h40 - (Just Married). EUA/Alemanha, 2003, 95 min. Direção: Shawn Levy. Ashton Kutcher, Brittany Murphy, Christian Kane. Depois que se casa contra a vontade dos pais, garota (Murphy) enfrentará um contratempo extra na lua-de-mel européia: o ex-namorado enviado pelo velho exclusivamente para jogar areia no matrimônio. Comédia para passar o tempo, se tanto. Inédito.

Condicionado a Lutar   SBT, 1h50 - (Born to Ride). EUA, 1991, 85 min. Direção: Graham Baker. Com John Stamos, John Stockwell, Teri Polo. Quando é preso, motoqueiro rebelde faz um acordo com os militares: em troca da liberdade, topa ensinar recrutas a pilotar motos. Com o que, acabou-se a rebeldia, não?

Intercine Globo, 2h35 - Abre a semana "Perfume de Gardênia" (1992, de Guilherme de Almeida Prado, com Christiane Torloni). Nos outros dias, para votar no primeiro filme anunciado, liga-se 0800.70.9011; o número para votar no segundo é 0800.70.9012.

O Chimpanzé Manda-Chuva    SBT, 3h20 - (Barefoot Executive). EUA, 1995, 90 min. Direção: Susan Seidelman. Com Jason London, Eddie Albert, Michael Marich. Com seu programa em crise de audiência, apresentadora de TV dispensa o macaco Arch, seu astro. Mas o macaco tinha um dom que se revelaria mais tarde: todos os programas de que gostava eram os que faziam sucesso. "Remake" para TV de comédia Disney de 1971. Em todo o caso, a notar a espécie de regressão (ou a regressão de espécie) para a qual o filme aponta. Só para São Paulo.

TV PAGA

Crítica

De Palma faz enterro do cinema clássico

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

É muito forte a tentação de dizer que o diretor e roteirista Brian de Palma não passa de um imitador reles de Alfred Hitchcock, quando se revê (ou se vê pela primeira vez) "Vestida para Matar", produção de 1980 estrelada por Michael Caine (Telecine Cult, 17h15).
Afinal, lá estão "Psicose", "Um Corpo que Cai", "Janela Indiscreta", para lembrar o imediatamente lembrável, devidamente decalcados. Mas, olhando bem, não é Hitchcock. Tudo isso é outra coisa.
É como se estivéssemos diante de uma tapeçaria, onde conhecemos cada motivo, mas o conjunto é inteiramente diferente. Nos filmes citados acima, temos um inventor do cinema no momento em que já desconfia do cinema -e, a rigor, torna-se um moderno.
Em "Vestida para Matar", de Palma talvez pensasse, já, em um funeral do cinema clássico, essa arte sedutora e autoritária que, à maneira de um travesti ou, talvez, de um psicanalista, interpreta a vida por nós e/ou se encarrega de dirigir o nosso olhar.


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