São Paulo, sexta, 12 de junho de 1998

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Como produtor, inventou a new wave

da Reportagem Local

Brian Eno é um daqueles artistas que correm na paralela, sempre por trás de novas tendências da tecnologia da música eletrônica, e também como músico e produtor bem-sucedido.
Começou em 71 assumindo o sintetizador no Roxy Music, do cantor Bryan Ferry. Foi o responsável pelo estilo inovador do som do grupo e pelo visual andrógino associado à banda.
Mas acabou deixando o grupo em 73 depois de gravar os dois primeiros álbuns. Saiu em carreira solo e, até o fim dos anos 70, lançou sete álbuns e diversas colaborações (como com Robert Fripp, John Cale e Nico, do Velvet Underground).
Nessa época, ao lado do cantor David Bowie, Eno ajudou a direcionar os novos rumos que a música iria seguir nos anos 80.
Ele tocou e produziu a trilogia de discos de Bowie, "Low" (77), "Heroes" (77) e "Lodger" (79), que apontavam para um estilo que dominaria o início dos anos 80: a new wave.
Seguindo a mesma direção, ele produziu, em 78, os álbuns de estréia dos Talking Heads (ele ainda produziu mais dois discos do grupo) e do Devo.
Mas foi nos anos 80 que Eno realmente se destacou como produtor, com o sucesso do álbum "The Unforgettable Fire", de 84. Nesse trabalho, abandonou um pouco o experimentalismo, mas fez o U2 emplacar de vez nos EUA.
O fato se comprovou em 87, quando Eno, ao lado do produtor Daniel Lanois, ganhou o Grammy de Álbum do Ano por "The Joshua Tree".
Ao lado do U2, em 94, ele também faturou o prêmio de Produtor do Ano no British Awards, por "Zooropa" e ainda por "Laid", do grupo James.
Seus projetos de destaque mais recentes incluem o beneficente "Help", com fundos destinados às vítimas da Bósnia, e uma faixa gravada com Elvis Costello para o disco "Songs in the Key of X", inspirado no seriado de TV "Arquivo X". (LF)



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.