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DOCUMENTÁRIO
Retratos da China recebem dois prêmios
Oriente domina festival de Marselha
AMIR LABAKI
ENVIADO ESPECIAL A MARSELHA
Produções asiáticas dominaram
a 13ª edição do Festival Internacional de Documentários de Marselha, o segundo mais importante
da França, encerrado no último
domingo. Dois dos três prêmios
principais foram atribuídos a retratos compassados da China
contemporânea. Nenhum título
brasileiro participou do festival.
"In Public" (Em Público) foi o
grande vitorioso da competição
internacional. O chinês Zhang Ke
Jia nos convida a um mergulho na
China profunda, a partir de uma
estação ferroviária do interior.
O prêmio de filme de estreante
foi dado a Zhong Hua por "Jin
Nian Doug Tian" (Este Inverno).
Dividido em quatro episódios, cada um acompanha um rito de
passagem de quatro jovens policiais de Pequim.
O documentário japonês "Danchizake" (Saquê Caseiro), de Ono
Satoshi, dividiu o prêmio de aquisição do canal por assinatura Planète com o sueco "Boogie Woogie
Pappa", de Erik Erik Bäfving.
Em dez títulos, Marselha resumiu a fragilidade de uma produção francesa sufocada, por um lado, pelos modelos fechados das
TVs; por outro, pelo vale-tudo do
"autorismo". A vitória de "Avec
ou sans Toi" (Com ou sem Você),
de Marie Dumora, marca o triunfo de uma discípula bem-comportada dos estudos sobre instituições de Frederick Wiseman.
Dada a ausência de títulos marcantes em originalidade, concessões destacaram as premiações por renovação de linguagem. Na disputa internacional, o prêmio
para "Rom" (Homens) antes homenageou a coerência do trabalho de Yervant Gianikan/ Angela Ricci Lucchi do que destacou obra inspirada. Uma tentativa de ensaio sobre o mal- estar nas metrópoles valeu o prêmio francês a
"Bruit de Fond" (Ruído de Fundo), de Olivier Derousseau.
O articulista Amir Labaki esteve em Marselha como jurado das competições
francesa e de filmes de estreantes
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