|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PERSONALIDADE
Maior sapateador de sua geração, artista foi destaque por suas atuações na Broadway e em Hollywood
Palcos perdem a "rara presença" de Gregory Hines
JENNIFER DUNNING
DO "NEW YORK TIMES"
Gregory Hines, o suave e bem-humorado ator que, para muitos,
personificava a arte do sapateado
clássico nos anos 80 e 90, morreu
na madrugada de sábado a caminho de um hospital, em Los Angeles. Ele tinha 57 anos.
A causa foi câncer, disse Yvette
Glover, velha amiga do ator e mãe
do sapateador Savion Glover, que
frequentemente descrevia Hines
como um mentor.
Hines começou a dançar profissionalmente na infância, mas escapou aos limites de sua arte e se
tornou um ator de sucesso incomum em teatro, cinema e televisão. Em 1992, após quatro indicações, ganhou um Tony como melhor ator em musical e apresentou
a cerimônia do prêmio no ano
passado, com Bernadette Peters.
Participou de filmes importantes,
entre os quais "Cotton Club", de
Francis Ford Coppola, e "O Sol da
Meia-Noite", com Mikhail
Baryshnikov. Estrelou uma série
de televisão, "The Gregory Hines
Show", na CBS, em 1997, e tinha
papéis regulares nas séries "Will
& Grace", da NBC, e "Lost at Home", da ABC.
Nascido em Nova York, Hines
começou seu treinamento como
dançarino aos três anos, com
Henry LeTang, e estreou dois
anos mais tarde, com seu irmão
mais velho, Maurice Jr., em uma
dupla conhecida como Hines
Kids. Só perto dos 40 anos, disse
Hines em "Gregory Hines's Tap
Dance in America", um programa de televisão de 1989 para a série "Great Performances" da TV
educativa norte-americana, ele
começou a "relaxar e a encontrar
minha verdadeira expressão". Foi
naquela época, em 1978, que ele
obteve seu primeiro grande sucesso na Broadway, com o musical "Eubie", pelo qual recebeu sua
primeira indicação do Tony.
Ele continuou aquele sucesso
com outras interpretações indicadas ao Tony em "Comin" Uptown" (1980) e em "Sophisticated
Ladies" (1981) e teve papéis importantes em dois filmes naquele
ano, em "A Última Loucura de
Mel Brooks", e em "Wolfen", de
Michael Wadleigh.
Os maiores sucessos de Hines
aconteceram na Broadway, onde
se estabeleceu como ator de primeira linha com sua interpretação de Morton, um gênio gélido e
egocêntrico, em "Jelly's Last Jam".
(Ele também ganhou um Tony
pela coreografia daquele espetáculo, com Hope Clarke e Levy.)
Vincent Canby, então principal
crítico de cinema do "New York
Times", destacou Hines em 1984
como artista notável, falando de
sua "rara presença de tela" em
"Cotton Club".
Hines também atuou em "Tap"
(1989), "Eve of Destruction"
(1991) e "The Tic Code" (1998).
Tradução Paulo Migliacci
Texto Anterior: Mônica Bergamo Próximo Texto: Panorâmica - Evento: Ciclo homenageia centenário de Adorno Índice
|