São Paulo, sexta-feira, 12 de agosto de 2005

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NAS LOJAS

Rock
FAMILY JEWELS
    
AC/DC
Aí fica fácil. Angus Young (guitarra e gênio) e tropa nunca negaram fogo. Um DVD duplo que reúne clipes e aparições em TV da banda entre 1975 e 1990 não tinha como dar errado. Ninguém fica infeliz: um disco reconta a bem-humorada era Bon Scott, vocalista morto em 1980 (e nem isso fez a banda compor uma balada na vida); o outro, a sagração do pato operário Brian Johnson, que cauteriza a garganta por nós desde "Back in Black" -mas para quem muitos torcem os ouvidos. Sem extras nem legendas, teor zero de frescura, só o puro suco.
POR QUE OUVIR/VER: O audiovisual da banda nunca evoluiu, mas como não se divertir com o travesti Scott em "Baby Please Don't Go" e a canastrice macho-oitentista de "You Shook me All Night Long"? (MÁRVIO DOS ANJOS)
GRAVADORA: Sony/BMG. QUANTO: R$ 90, em média.

Rock
GRANDES INFIÉIS
  
VIOLINS
Em seu segundo disco oficial, o grupo goiano tenta conciliar conceitos. Com um passado calcado no romantismo, faz agora um trabalho temático, com letras sobre infidelidades diversas, em que o corpo é presença constante ("Eu comecei vendendo rins/em hospitais escuros sem saber por quê", em "Vendedor de Rins"). A questão é que o Violins é uma banda mais focada no cerebral, e a falta de maleabilidade às vezes prejudica.
POR QUE OUVIR: O Violins melhora a cada novo trabalho, e neste surgem faixas ótimas, como a primeira, "Hans", que ditará o tom de guitarras mais pesadas e vocais distorcidos. Trata-se de um grupo acima da média indie, mas que pode se perder (ou ser confundido) no balaio de bandas sem cara que tentam soar como Los Hermanos ou Radiohead. (BRUNO YUTAKA SAITO) GRAVADORA: Monstro Discos. QUANTO: R$ 20, em média.

MPB TIGRES DA LAPA    
MARCOS ARIEL, JOSÉ PAULO BECKER E BETO CAZES
Após 20 anos de dedicação quase exclusiva ao piano, Marcos Ariel voltou à flauta pianinho. "Tigres da Lapa" é um CD delicado, em que o choro brilha acima do virtuosismo. O violonista José Paulo Becker mostra a bela "Gardênia" e se alia ao ótimo percussionista Beto Cazes -além do saxofonista Juarez Araújo, que morreu em 2003- na construção de um ambiente coeso. Não há estranhamento nas mudanças do repertório.
POR QUE OUVIR: As versões de "Tico-Tico no Fubá" (Zequinha de Abreu/Miguel de Lima), "Ingênuo" (Pixinguinha/Benedito Lacerda) e "Bebê" (Hermeto Pascoal) renovam as obras-primas sem traí-las. (LUIZ FERNANDO VIANNA)
GRAVADORA: Rob Digital. QUANTO: R$ 25, em média.


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