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Brasileiros assimilaram estilo
especial para a Folha
O Museu de Arte Moderna de
São Paulo parece estar buscando
paridade quantitativa entre mostras importadas e exposições brasileiras, lançando mão tanto das
obras de seu próprio acervo como
de outras coleções.
Essa política salutar gera agora,
ao lado da mostra de 56 trabalhos
de Raoul Dufy vindos de Paris, a
exposição "Arte Brasileira, Século
20: Diálogos com Dufy", sob a
responsabilidade do curador-chefe do MAM-SP, Tadeu Chiarelli. Os horários de visitação são os
mesmos da mostra internacional.
Foram escolhidos 23 trabalhos
de quatro artistas bem conhecidos: Guignard, Volpi, Ernesto de
Fiori e Iberê Camargo.
Em texto de catálogo, o curador
da mostra afirma que nossos modernistas nunca fizeram mais do
que retrabalhar experiências quase encerradas na Europa. Dufy,
que nunca se caracterizou como
um pintor abstrato, "impregnou a
pintura mais conservadora do período de uma aura de modernidade suficiente para ser assimilada
no Brasil".
Entre as semelhanças mais evidentes entre o francês e os brasileiros, pode-se citar a suspensão
entre figura e fundo, o pincel gráfico e a paleta de cores, em Guignard; as frequentes formas de
bandeirolas, em Volpi; e o processo de demarcação de áreas de cor
e a gestualidade, em De Fiori.
Com Iberê Camargo, a transmissão é mais indireta, através da
obra de Guignard, que foi mestre
do pintor dos carretéis.
(AM)
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