São Paulo, sexta, 12 de setembro de 1997.



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Em Copenhague, Braziliana troca plumas por longos

LUIZ ANTÔNIO RYFF
enviado especial a Copenhague

Após ferver ao som do samba da Imperatriz Leopoldinense, com sua mistura de desfile com oba-o ba, Copenhague, na Dinamarca, pôde conhecer anteontem um lado menos folclórico do Brasil.
Saíram as plumas e paetês. O fes tival Braziliana -que mostra aos dinamarqueses um pouco da cul tura brasileira- se vestiu de fra ques e longos. O palco já não era uma das avenidas principais da ci dade, mas uma silenciosa igreja.
A Orquestra de Câmara da Cida de de Curitiba se apresentou na Christians Kirke com o Ars Nova -um dos mais afamados corais de câmara do mundo.
A orquestra faz parte da Camera ta Antiqua de Curitiba, que é regi da pelo cravista Roberto de Regi na. Do repertório constam núme ros do barroco.
Fora da camerata, entretanto, a orquestra possui um repertório mais abrangente, que vai do barro co (Vivaldi, por exemplo) ao mo derno (como Egberto Gismonti).
O concerto de anteontem foi di vidido em três partes. Na primeira, os curitibanos se apresentaram so zinhos. Na segunda parte, os dina marqueses cantaram. No final do concerto, houve o encontro dos dois grupos.
A maior parte das composições era de brasileiros -caso de "Miu dinho", de Francisco Mignone, in terpretada pelos 14 integrantes da Orquestra de Câmara.
Sob a regência do maestro Lute ro Rodrigues, a orquestra também executou "Dança Brasileira", de Camargo Guarnieri, "Mourão", do maestro Guerra Peixe, e "Baião", de Edmundo Villa ni-Cortes, entre outras.
Os dinamarqueses fizeram um agrado aos brasileiros. Tocaram três músicas de Egberto Gismonti, com quem já trabalharam.


O jornalista Luiz Antônio Ryff viaja a convite da organização do festival.



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