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Em Copenhague, Braziliana
troca plumas por longos
LUIZ ANTÔNIO RYFF
enviado especial a Copenhague
Após ferver ao som do samba da
Imperatriz Leopoldinense, com
sua mistura de desfile com oba-o
ba, Copenhague, na Dinamarca,
pôde conhecer anteontem um lado
menos folclórico do Brasil.
Saíram as plumas e paetês. O fes
tival Braziliana -que mostra aos
dinamarqueses um pouco da cul
tura brasileira- se vestiu de fra
ques e longos. O palco já não era
uma das avenidas principais da ci
dade, mas uma silenciosa igreja.
A Orquestra de Câmara da Cida
de de Curitiba se apresentou na
Christians Kirke com o Ars Nova
-um dos mais afamados corais de
câmara do mundo.
A orquestra faz parte da Camera
ta Antiqua de Curitiba, que é regi
da pelo cravista Roberto de Regi
na. Do repertório constam núme
ros do barroco.
Fora da camerata, entretanto, a
orquestra possui um repertório
mais abrangente, que vai do barro
co (Vivaldi, por exemplo) ao mo
derno (como Egberto Gismonti).
O concerto de anteontem foi di
vidido em três partes. Na primeira,
os curitibanos se apresentaram so
zinhos. Na segunda parte, os dina
marqueses cantaram. No final do
concerto, houve o encontro dos
dois grupos.
A maior parte das composições
era de brasileiros -caso de "Miu
dinho", de Francisco Mignone, in
terpretada pelos 14 integrantes da
Orquestra de Câmara.
Sob a regência do maestro Lute
ro Rodrigues, a orquestra também
executou "Dança Brasileira", de
Camargo Guarnieri, "Mourão",
do maestro Guerra Peixe, e
"Baião", de Edmundo Villa
ni-Cortes, entre outras.
Os dinamarqueses fizeram um
agrado aos brasileiros. Tocaram
três músicas de Egberto Gismonti,
com quem já trabalharam.
O jornalista Luiz Antônio Ryff viaja a convite
da organização do festival.
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