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"A LIGA EXTRAORDINÁRIA"
Filme é baseado em graphic novel de Alan Moore
Ótimo longa trata de visões e medo
SÉRGIO DÁVILA
DA REPORTAGEM LOCAL
A primeira vez que você deita os olhos num M1 Abrams,
o maior veículo de combate do
mundo, com 9,8 m de comprimento, começa a entender o porquê de os EUA serem a potência
hegemônica que são. Sua mera visão amedrontava enormemente
os bagdalis na Guerra do Iraque.
É sobre visões e medo que trata
"A Liga Extraordinária", baseado
na excelente graphic novel de
Alan Moore, que se passa na virada do século 19, no auge da Revolução Industrial, quando o mundo está ampliando suas possibilidades tecnológicas. E gostando.
A visão do Nautilus, o mítico
submarino do capitão Nemo, "a
espada dos oceanos", inesquecível. O medo da modernidade, traduzido nos primeiros tanques,
nas primeiras metralhadoras.
A pedido do serviço secreto britânico, M (Richard Roxburgh)
convoca os mais notáveis heróis e
anti-heróis (todos tirados da literatura) para combater Fantom,
terrorista que quer provocar uma
guerra mundial.
São eles: Alain Quatermain
(Sean Connery), de H. Rider Haggard; o já citado capitão Nemo
(Naseeruddin Shah), de Júlio Verne; Mina Harker (Peta Wilson,
linda), um spin-off do "Drácula",
de Bram Stoker; o Homem Invisível (Tony Curran), de H.G. Wells;
Dorian Gray (Stuart Towsend), de
Oscar Wilde; Dr. Jekyll/Mr. Hyde
(Jason Flemyng), de Robert Louis
Stevenson; e Tom Sawyer (Shane
West, péssimo), de Mark Twain.
Não deixa de ser metafórica a
premissa inicial do filme (que depois vai se reverter, cuidado), de
que a segurança e manutenção do
império repousa nas mãos de um
bando de freaks. Troque os nomes dos impérios e dos esquisitões (pense em John Ashcroft,
Donald Rumsfeld etc.), e o filme
ganha uma atualidade insuspeita.
A Liga Extraordinária
The League of Extraordinary Gentleman
Produção: EUA, 2003
Direção: Stephen Norrington
Com: Sean Connery, Peta Wilson
Quando: a partir de hoje, nos cines
Anália Franco, Cinemark e circuito.
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