São Paulo, sexta-feira, 12 de outubro de 2001

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

SHOW

Banda californiana toca na mesma noite de Sigur Rós e Belle & Sebastian

Grandaddy abre o Free Jazz com seu folk eletrônico

CLAUDIA ASSEF
DA REPORTAGEM LOCAL

Escalados para abrir a noite pop do Free Jazz -dia 25 no Rio e no dia seguinte em São Paulo- os californianos do Grandaddy podem ser a boa surpresa da noite, que ainda tem os islandeses do Sigur Rós e as estrelas indie do Belle & Sebastian, da Escócia.
No disco mais recente, "Software Slump", o Grandaddy resume bem o som que vem fazendo há quase dez anos. "Acho que é mesmo folk eletrônico, parece uma boa definição", disse à Folha o baterista Aaron Burtch, 33.
Esta será a primeira vez que os músicos do Grandaddy tocam "abaixo dos EUA".
Assim como os outros integrantes da banda, Burtch é morador de Modesto, uma cidadezinha perdida no meio da Califórnia. O músico tem uma visão, digamos, romântica do que vai encontrar no Brasil.
"Estou bem curioso. Adoro plantas, natureza, insetos. Sei lá, mal posso esperar para ver como é o Brasil."

Folha - Como você definiria o som do Grandaddy? Folk eletrônico parece bom?
Aaron Burtch -
É bom. Você acertou. Mas diria ainda que o som é bem simples, não gostamos de muito enfeite na música. Fazemos canções tristes, inspiradas em Neil Young, com toques de música eletrônica. É isso.

Folha - Vocês tocam na mesma noite de Sigur Rós e Belle & Sebastian. O que acha dessas bandas?
Burtch -
O Sigur Rós eu já vi ao vivo duas vezes e achei maravilhoso. Emocionante e cheio de vigor. Recomendo muito. Ainda não vi o Belle & Sebastian ao vivo, mas gosto muito do som da banda, vai ser uma boa ver o show deles aí.

Folha - Vocês ainda moram em Modesto?
Burtch -
Todos nós moramos lá. Já viajamos tanto o ano inteiro que, quando não estamos em turnê, preferimos ficar por lá mesmo. É um tédio, mas, quando se quer descansar, lugares como Modesto são perfeitos.

Folha - O que vocês esperam encontrar no Brasil?
Burtch -
Na verdade é a primeira vez que tocamos abaixo dos EUA. Não fique chateada, mas não sei muito sobre o seu país. Sei que estou bem curioso. Adoro plantas, natureza, insetos. Sei lá, mal posso esperar para ver como é o Brasil.
Falando francamente, não conheço ninguém que tenha visitado o país. Numa cidade jeca como Modesto, as pessoas não vão a lugares exóticos quando saem de férias. O máximo para elas é ir ao Grand Canyon [risos".
Aqui na cidade há uma colônia grande de portugueses, mas isso não diz muito sobre o Brasil.


GRANDADDY. Onde: no Rio, no MAM (av. Infante Dom Henrique, 85, aterro do Flamengo, tel. 0800-212223). Quando: quinta, dia 25, às 22h. Quanto: R$ 50.
Onde: em São Paulo, no Jóquei Clube (av. Lineu de Paula Machado, 1.263, tel. 0800-212223). Quando: sexta, dia 26, às 22h. Quanto: R$ 50 (ingressos esgotados).




Texto Anterior: Erika Palomino: Ó?! Diz que o branco é o novo preto
Próximo Texto: Panorâmica - Música: Sinfônica de SP apresenta ópera de Stravinsky
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.