São Paulo, quarta-feira, 12 de novembro de 2008

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Crítica

"Ratatouille" faz parábola sobre as diferenças

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Nunca achei muito higiênica essa atração dos americanos (ou dos filmes americanos, pelo menos) pelos ratos. Desde Tom e Jerry, passando por Mickey e Supermouse, até os heróis roedores mais recentes, isso sempre me deu a impressão de uma tara coletiva (não quer dizer que eu não adore Tom e Jerry).
"Ratatouille" (HBO, 21h; livre) é uma sequência dessa saga, com a história do rato absurdamente bem dotado para a culinária. Como de costume na animação contemporânea, trata-se de uma fábula onde tudo é gravidade.
Trata-se, em suma, da aceitação do diferente, do outro. Um rato na cozinha é coisa nojenta. Mas Ratatouille é um que despreza os hábitos nada higiênicos de seus pares e lutará para demonstrar que a condição para ser um bom "chef" é o paladar, mais nada.
Claro que isso não é coisa que se aceite literalmente, mas uma parábola sobre a aceitação da diferença. Quase um herdeiro do "Monstros", de Tod Browning.


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