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Cultura, agora, diz que não vai voltar a ter publicidade infantil
A anunciantes, gerente de marketing havia afirmado o contrário
LAURA MATTOS
DE SÃO PAULO
A notícia de que a Cultura
pretendia voltar a ter publicidade na programação infantil surpreendeu ONGs de defesa da criança. Desde janeiro de 2009, comerciais eram
vetados nas 12 horas diárias
voltadas a esse público.
Foi um corte de faturamento significativo para a
emissora, que vive em dificuldades financeiras.
A declaração sobre a mudança de posicionamento foi
dada pela gerente de marketing do canal, Flávia Cutolo,
em um evento da ABA (Associação Brasileira de Anunciantes), no último dia 4.
Cutolo disse que, baseada
em análises de que a criança
"tem percepção crítica", a
Cultura iria "rever a determinação". Suas declarações foram confirmadas à Folha pela assessoria da emissora.
No dia seguinte, Cutolo recebeu ligações questionando
a decisão, entre elas uma do
Instituto Alana, de defesa do
consumidor e da criança.
Uma assessoria de imprensa externa contratada
pelo novo presidente da TV
Cultura, João Sayad, enviou
à Folha uma nota dizendo
que somente o canal infantil
pago da emissora, a TV Rá-Tim-Bum, terá publicidade.
A assessoria não quis informar por que a gerente de
marketing deu outra informação a anunciantes.
Procurada pela Folha, Cutolo não quis dar entrevista.
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