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CRÍTICA SUSPENSE
Cenas de sexo de "Corpos Ardentes" fogem ao pudor do "mainstream"
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
O cinema hoje tem compartimentos. Existe o pudor
do "mainstream" e o despudor do pornô. Não são opostos: são complementares.
É quase impossível, hoje,
ver uma relação sexual verdadeira num filme. Tudo que
se pode mostrar são lençóis,
caras e bocas, clichês etc.
Vistas as coisas assim,
"Corpos Ardentes" (TCM,
1h, 12 anos), de 1981, passa
por um corpo estranho. Nesse filme, Maty Walker (Kathleen Turner), mulher terrível, envolve o amante (William Hurt) no plano de assassinato do marido.
A atmosfera noir nos leva
ao pós-guerra. Mas as cenas
ardentes pertencem a esse
momento em que a representação do sexo e a do amor
não faziam parte de mundos
diversos.
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