No céu de janeiro a Lua cresce em Áries, e o Sol e Mercúrio estão em quadratura com Júpiter. Enquanto isso, aqui na Terra a humanidade se depara com o uso que ela mesma faz do tempo, seu bem mais precioso. Para a humanidade o tempo, ou seja, a existência, se divide em três períodos: o que foi, o que é, e o que será. Ou seja, passado, presente e futuro. Desses, tudo que foi é considerado certo, pois não há como transformá-lo. O que haverá de ser é considerado duvidoso, pois não há como se ter certeza do futuro. E o que é, o tempo presente, é considerado breve demais para se levar em conta, já que facilmente se converte em passado ou em futuro. A memória é o instrumento utilizado para se ter acesso ao passado. Para aproximar-se do futuro, a esperança ou a ansiedade são os pensamentos largamente difundidos. Nem as memórias ou as esperanças são tão certas quanto parecem, porque a elas se agrega a imaginação, que é capaz de transformar a realidade em ilusão. Para relacionar-se com o momento presente, a humanidade poderia usar ações concretas, atitudes firmes e reais, mas quase nunca o faz porque se perde num labirinto de memórias e de esperanças.

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