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Empresas de Gil já captaram R$ 6,99 milhões
DO ENVIADO A BRASÍLIA
Após captar R$ 6,99 milhões nos últimos sete anos,
pelas leis de incentivo fiscal,
as empresas de Gilberto e
Flora Gil não poderão mais
utilizar esses benefícios.
A razão é que, sendo Gil
ministro, tanto ele quanto
seus parentes estão impedidos por lei de propor projetos ao ministério.
Segundo Flora Gil, que
sempre cuidou dessa área
nas empresas Gegê Produções e Alafia Produções
-há ainda a Fundação Ondazul-, esse impedimento
não acaba com os projetos
do cantor. "Ele é um artista
conhecido, que não precisa
tanto de leis", diz Flora.
"Por exemplo, a turnê do
ano passado custou R$ 2 milhões e foi totalmente paga
com recursos próprios da
America Online, Embratel e
BCP", explica Flora. "Fiz um
levantamento e constatei
que apenas 30% do que arrecadamos para financiar os
projetos são por incentivo."
Pelas leis de incentivo, o
dinheiro que as empresas repassam para projetos culturais é descontado do IR.
Os R$ 6,99 milhões captados pelas empresas são referentes a 18 projetos, que vão
de edição de livros a realização de shows. Comparativamente, é menos do que o filme "Chatô" captou sozinho
em sua primeira fase de produção: R$ 8,6 milhões.
Flora agora quer encontrar
uma outra produtora que
assuma, no lugar dela, o projeto já encaminhado do trio
elétrico Expresso 2222 para
o Carnaval deste ano, ao custo de R$ 1,2 milhão. Depois
disso, ela pretende se aposentar por um ano da promoção de eventos.
(IF)
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