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Reforma custará R$ 30 mi
especial para a Folha
O principal senão em relação à
sala Júlio Prestes são os custos. Estima-se que a reforma vá consumir R$ 30 milhões; com tanto dinheiro, não seria melhor construir
uma sala inteiramente nova?
O Banco Real inaugura, em
abril, em Santo Amaro, um teatro
com 1.250 lugares e fosso de orquestra, com as mesmas promessas da Júlio Prestes: conforto e
perfeição acústica. Custo estimado: R$ 16 milhões.
A diferença não é nada desprezível. Por outro lado, uma orquestra
com o nível da reformulada Sinfônica do Estado de São Paulo
(Osesp) não poderia continuar
submetida à acústica precária do
Memorial da América Latina.
Consultor artístico da Osesp, o
maestro John Neschling procura
seguir de perto o modelo iniciado
por Simon Rattle em Birmingham, em 1980. Na cidade industrial inglesa, Rattle pegou uma orquestra envelhecida e decadente e
encheu de bons músicos jovens.
Rattle ganhou notoriedade internacional, a orquestra de Birmingham começou a lançar CDs e
a coroação de sua revolução ocorreu em 91, quando Birmingham
erigiu seu sofisticado Symphony
Hall, moderna sala de concertos.
Neschling começou suas mudanças no final de 96 e conseguiu
incrementar significativamente o
nível artístico da Osesp. Resta saber se a sala corresponderá a suas
expectativas, ou será apenas mais
um Memorial da América Latina
-um elefante branco.
(IRINEU FRANCO PERPETUO)
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