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TEATRO
Troféus para a atriz Betty Gofman e para a direção de `Dorotéia' são destaques da cerimônia no Rio de Janeiro
Surpresas marcam Prêmio Shell carioca
MÁRIO MOREIRA
da Sucursal do Rio
Duas surpresas marcaram a entrega do 9º Prêmio Shell para o
Teatro Brasileiro da temporada
carioca de 96, anteontem à noite
no teatro João Caetano (centro).
As surpresas foram os prêmios
concedidos a Betty Gofman (melhor atriz por ``O Burguês Ridículo'') e a Adriano Guimarães, Fernando Guimarães e Hugo Rodas
(melhor direção por ``Dorotéia'').
Gofman conseguiu seu primeiro
prêmio importante no Brasil superando a favorita Zezé Polessa, que
concorria por ``Florbela Espanca -
A Bela do Alentejo''.
Em 1994, Betty ganhara o prêmio
principal em um festival em Munique (na Alemanha), por sua atuação em ``Orlando''.
No prêmio de direção, a surpresa
ficou por conta do fato de os vencedores fazerem carreira em Brasília e de terem ganhado com sua segunda montagem no Rio.
``Achei que não teríamos chance
por ser um prêmio carioca. Os movimentos culturais de Brasília ainda não são muito conhecidos'',
disse Fernando Guimarães.
O prêmio de melhor ator foi para
Diogo Vilela, que concorreu por
``Metralha'', em que interpreta o
cantor Nelson Gonçalves.
Vilela, que é carioca, destacou o
fato de ter ganhado seu primeiro
prêmio no Rio. ``Meu trabalho
sempre foi mais reconhecido em
São Paulo'', disse.
Na categoria de melhor autor, os
agraciados foram Domingos de
Oliveira e Priscilla Rosenbaum,
pela peça ``Amores''.
Ulysses Cruz ganhou o prêmio
de melhor cenógrafo, por ``A Dama do Mar''. Patrício Bisso ficou
com o prêmio de melhor figurinista por ``Metralha''.
Liliane Secco obteve o prêmio de
melhor música, com ``As Quatro
Carreirinhas''. Aurélio De Simone
levou o de iluminação por seu trabalho em ``Roberto Zucco''.
Na categoria especial, foi premiado o grupo Nós do Morro, que
há 11 anos trabalha junto à comunidade carente do morro do Vidigal (na zona sul do Rio).
Cada vencedor ganhou R$ 3.500
e um troféu do artista plástico italiano Domenico Calabroni.
A cerimônia de premiação incluiu uma homenagem ao compositor Chico Buarque, por sua obra
como autor de trilhas sonoras para
o teatro.
Foram apresentadas 17 composições de Chico feitas para peças de
teatro, como ``Ópera do Malandro'', de 1977, e ``O Grande Circo
Místico'', de 1982.
Apesar da homenagem, o compositor não compareceu. Estiveram presentes sua ex-mulher, Marieta Severo, e sua filha Sílvia. Marieta afirmou que Chico não foi
porque estava gravando.
``Vou dizer ao Chico que ele gostaria da homenagem'', afirmou
Marieta, que não respondeu se o
casal está se reconciliando.
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