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ARTES PLÁSTICAS
Gênero tem 41 artistas, seguido por pintura e instalações
Vídeo ganha destaque na Bienal
FABIO CYPRIANO
DA REPORTAGEM LOCAL
Entre as várias linguagens artísticas que ocuparão a 25ª Bienal
Internacional de São Paulo, que é
inaugurada no próximo dia 23, o
vídeo ocupa o primeiro lugar em
número de obras: 41 artistas, entre 195, trabalham nesse meio.
"Pensei que havia vídeos até em
demasia, mas constato que há
uma boa distribuição entre as várias expressões", afirma o curador-geral da mostra, o alemão Alfons Hug. Foi ele, de próprio punho, quem elaborou uma tabela
para verificar a realidade estatística da Bienal (veja quadro ao lado).
O curador evitou privilegiar o
vídeo. "O edifício projetado por
Niemeyer não é um espaço ideal
para essa forma de exposição, as
salas escuras acabam ocupando
muito espaço e dificultando a visão de conjunto", diz Hug.
Os 195 artistas estão divididos
por cinco módulos: o das 70 representações nacionais, espaço
mais tradicional do evento; o das
12 cidades-tema da Bienal, com
"Iconografias Metropolitanas"; o
das salas especiais, dedicadas a artistas contemporâneos; o núcleo
brasileiro, de curadoria de Agnaldo Farias; e o de web art.
Expressões mais tradicionais
ganham destaque nesta edição do
evento: a pintura aparece em segundo lugar, com 34 obras, junto
com instalações. Em terceiro, estão tecnicamente empatadas fotografia e escultura, a primeira com
31 trabalhos e a segunda com 30.
No módulo das cidades, é a fotografia que domina: são 21 obras
num total de cem. Segundo Hug,
não há nenhum trabalho brasileiro com fotografia. A maioria dos
representantes do país é de instalações, 11 para um total de 37.
Faltam menos de duas semanas
para a abertura da Bienal, mas,
apesar da estrutura estar quase
pronta, há poucos artistas trabalhando no local. Entre eles, a norte-americana Sarah Sze, 32, que
começou a preparar sua instalação, que irá ocupar um local de
destaque. Ela participa no módulo das Iconografias Metropolitanas, representando a cidade utópica. "Meu trabalho é feito a partir
da improvisação e da flexibilidade, temas que considero muito relacionados com o urbano", disse.
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