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BBB Marcelo quer ser autor de novela
Eliminado anteontem, candidato mais marcante do reality show escreveu trama baseada em acontecimentos da casa
Em entrevista à Folha, psiquiatra afirma estudar propostas para abrir clínica
e garante que se consultaria com um ex-big brother
DANIEL CASTRO
COLUNISTA DA FOLHA
LAURA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Ele não define sua sexualidade e também não sabe direito
que carreira seguirá após ter
participado do "Big Brother".
Um dos candidatos mais marcantes de todas as edições do
reality show da Globo, o psiquiatra Marcelo de Oliveira
Arantes, 31, "doutor Marcelo",
eliminado anteontem, estuda
proposta para atuar em clínicas, pensa em escrever livros e
não descarta um velho sonho
de virar autor de telenovelas.
No blog do "BBB 8", ele escreveu uma trama baseada nos
acontecimentos da casa, com
personagens inspirados nos
candidatos. A relação entre ficção e realidade é óbvia para
quem acompanha o programa.
Marcelo é Gregório Rodrigues de Lyra Souto, que se confessa apaixonado por Clessy
Virgínia, a versão de Gyselle.
Ontem, à Folha, o psiquiatra
disse que seria "cauteloso e, para evitar problemas jurídicos,"
não faria a relação entre personagens e candidatos. Deve temer a reação de Thatiana, sua
"rival" no programa, que na novela é Marta Prassapa, descrita
assim: "Escondendo sua paixão
por Camila Buzza, entrega-se
ao namoro de conveniência
com o palhaço Cascatinha. Não
é má, imatura apenas".
Fã de Gilberto Braga, Glória
Perez e Manoel Carlos, Marcelo fez um ano de jornalismo na
Escola de Comunicações e Artes da USP e alguns meses de
relações internacionais na
PUC-SP, mas abandonou os
dois para estudar medicina na
Universidade Federal de Uberaba. "Estava com problemas
pessoais envolvendo casos afetivos e resolvi voltar à casa dos
meus pais e estudar medicina."
Nos próximos dias, conclui a
especialização em psiquiatria e
cogita estudar para ser psicanalista. "Vou conversar com
meus professores sobre tudo
que vivi. Acho que vão me dar
uma luz." Diz ter entrado no
"BBB" por ser fã "e para levar
polêmica" e não teme que isso
prejudique sua carreira médica. "Penso que não fui unânime, mas, pela minha história
como médico e residente, não
há o que falar mal, sem falsa
modéstia. Portas vão se abrir.
Sei que muitos podem temer
me procurar, por me julgar
exaltado, mas minhas referências são boas", afirma, rindo.
Ele garante que, ainda que
estivesse em depressão profunda, não teria medo de se
consultar com um psiquiatra
ex-big brother. "Se ele pudesse
me ajudar, seria um prazer."
Marcelo, que já fez, como paciente, psicanálise freudiana
("mas sobre isso prefiro não falar"), concorda não ter atuado
como bom psicanalista no programa, uma vez que usou como
estratégia "jogar a verdade na
cara dos candidatos" e fez todos chorarem. "Ali não tinha
paciente nem médico, eram todos concorrentes. Não precisei
utilizar conhecimento psicanalítico ali, minha estratégia foi
ser sincero e ser provocativo."
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