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TELEVISÃO
Hélio de la Peña dá show em "Casseta' semanal
TELMO MARTINO
Colunista da Folha
O planeta era diário, mas o fato
de a apresentação do "Casseta"
ser, agora, semanal, já é um ótimo presente.
Encontrar logo de cara o Hélio
de la Peña vestido de mosquito
da dengue, com o diploma de cidadão carioca honorário numa
de suas dez mãos, é mais engraçado do que dez anos de Ratinho.
Hélio de la Peña foi, inclusive,
promovido a ator de primeira
grandeza da Casseta Productions.
Coube a ele interpretar o papel
de Leonardo DiCaprio na versão
brasileira, com sérias restrições
orçamentárias, do "Titanic".
Tão sérias eram essas restrições
que, em vez de um iceberg, a
trombada do navio é com um
Rosemberg.
Com consequências graves como as de um desabamento de
barraco em favela, a sábia Fernanda Montenegro era a própria
felicidade ao passar com seu aparelho de televisão embaixo do
braço, à procura de uma tomada
para agradecer ao bom Deus a
realidade de não ter nascido Regina Duarte.
Fernanda estava mais Frau
Danken do que nunca ensinando
a Cassetada a ser um ensemble.
Já Frau Berlim resolveu convencer os rapazes que cada um era
uma batata. Grande atriz e grande mestra.
Bussunda virou um batatão tão
enorme que, sozinho, teria saciado a fome de toda a Irlanda, durante a tal da famine que colocou
tudo o que era Kennedy no primeiro barco que tivesse a América como destino.
Numa rasante investida pelos
jornais, o "Casseta" semanal descobriu por que aquele filme que
quase ganhava o Oscar não levou
o boneco.
O "aparelho" usado no sequestro era de propriedade do Sérgio
Canaya e se esfarelou com o sonho dos Barreto.
Sensacional foi também a investida do recém-contratado Zico, "o zagalinho de Quintino",
pela concentração da seleção,
acabando com todos os jogos, inclusive com o buraquinho que o
Romário tinha levado para a cama.
Como ex-proprietário de um
deles, "seu" Casseta sabe que é
nos jornais que está o humor.
Só lá se tem a informação de
que o Rubinho Barrichelo nunca
é culpado de excesso de velocidade e que o Hélio de la Peña não
será mais um mosquito condecorado. A nomeação do ministro
José Motosserra para a Saúde garante a melhor pista de pouso
para o mosquito da dengue. Pousa e morre.
Assim como o cacique Pojiucã,
quem estudou em Harvard sempre ri melhor.
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