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Dogma desgasta-se ao virar fórmula
DO ENVIADO A CANNES
"The King is Alive" (O Rei Está
Vivo), de Kristian Levring, a quarta produção com o selo oficial do
movimento Dogma 95, fez sua estréia ontem em Cannes. Há três
anos foi aqui que nasceu a confraria em favor de um cinema mais
despojado lançada por Lars von
Trier ("Os Idiotas") e Thomas
Vinterberg ("Festa de Família").
Desta vez, o festival parece estar
preparando seu funeral.
"The King Is Alive" usa trechos
de "Rei Lear" para comentar, sem
maior originalidade, o destino de
um grupo de turistas ocidentais
perdidos num deserto africano.
Os 11 passageiros são interpretados por elenco internacional,
envolvendo de estrelas americanas (Jennifer Jason Leigh) a francesas (Romane Bohringer). O
material de imprensa diz que todos tiveram liberdade para improvisar e apenas três dias de ensaios antes de filmar. O esquematismo dos personagens confirma.
"King" desperdiça a boa idéia
original em quase duas horas de
pretensão e pouca novidade. (AMIR LABAKI)
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