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PRÊMIO
Cerimônia terá apresentação de diversas duplas musicais e um show dos pernambucanos do Cascabulhos
Sharp 98 homenageia Autran e Jackson
BRUNO GARCEZ
free-lance para a Folha
A cerimônia de entrega do Prêmio Sharp 98, que acontece hoje à
noite no Teatro Municipal do Rio,
presta duas homenagens.
Uma delas, póstuma, é ao cantor
e compositor Jackson do Pandeiro, morto em 82 e homenageado
do 11º Prêmio Sharp de Música. A
outra homenagem é ao ator Paulo
Autran, a quem o 4º Prêmio Sharp
de Teatro é dedicado.
O tributo a Jackson terá shows
de diversas duplas, com cantores e
intérpretes femininas, lembrando
a parceria do cantor com Almira
Castilho. Além das duplas, apresenta-se ainda o grupo pernambucano Cascabulho, discípulo de
Jackson.
A homenagem a Paulo Autran
consistirá na leitura de textos de
Maria Adelaide Amaral sobre o
ator e na exibição de cenas vividas
por Autran no filme "Terra em
Transe" (66), de Glauber Rocha.
A cerimônia será dirigida pelo
cenógrafo Gringo Cardia, que
também dirigiu a edição do Prêmio Sharp do ano passado.
O prêmio para a área musical é
dividido em nove categorias, com
vários segmentos, totalizando 48
premiações. Há três artistas indicados em cada segmento.
Alguns dos concorrentes aparecem com mais de uma indicação
em uma mesma categoria. É o caso
de Peninha, que concorre ao prêmio de melhor música na categoria canção popular com "Muda"
e "Outra Onda".
O produtor Rildo Hora, um dos
mais destacados produtores de
samba no Brasil atualmente, é o
único indicado na categoria melhor arranjador de samba, com
três trabalhos distintos.
Os pagodeiros foram ignorados
nas indicações para a categoria
samba. Como melhor grupo, concorrem os veteraníssimos Demônios da Garoa; o grupo Fundo de
Quintal, formado nos anos 80 e
elogiado por sambistas tradicionais, como Walter Alfaiate; e os
novatos do Arranco de Varsóvia,
que já se apresentaram com a Velha Guarda da Mangueira.
Na categoria pop/rock, Ed Motta, Jorge Ben Jor e Lulu Santos disputam o título de melhor cantor.
As indicadas como melhor cantora são Cássia Eller, Daúde e Rita
Lee, homenageada na edição passada do Prêmio Sharp.
Entre os concorrentes ao 4º Prêmio Sharp de Teatro, a peça com
maior número de indicações é
"Diário de um Louco" -protagonizada por Diogo Vilela e baseada em texto de Gogol-, que concorre a seis prêmios (direção, ator,
iluminação, figurino, cenografia e
espetáculo).
Além de Marcus Alvisi, de "Diário de um Louco", concorrem ao
prêmio de direção Amir Haddad,
por "Noite de Reis", de Shakespeare, e Gilberto Gawronski e Hélio Dias, por "Dama da Noite",
adaptação de um conto de Caio
Fernando Abreu. O diretor premiado receberá R$ 8.000.
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