São Paulo, quarta, 13 de maio de 1998

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PRÊMIO
Cerimônia terá apresentação de diversas duplas musicais e um show dos pernambucanos do Cascabulhos
Sharp 98 homenageia Autran e Jackson

BRUNO GARCEZ
free-lance para a Folha

A cerimônia de entrega do Prêmio Sharp 98, que acontece hoje à noite no Teatro Municipal do Rio, presta duas homenagens.
Uma delas, póstuma, é ao cantor e compositor Jackson do Pandeiro, morto em 82 e homenageado do 11º Prêmio Sharp de Música. A outra homenagem é ao ator Paulo Autran, a quem o 4º Prêmio Sharp de Teatro é dedicado.
O tributo a Jackson terá shows de diversas duplas, com cantores e intérpretes femininas, lembrando a parceria do cantor com Almira Castilho. Além das duplas, apresenta-se ainda o grupo pernambucano Cascabulho, discípulo de Jackson.
A homenagem a Paulo Autran consistirá na leitura de textos de Maria Adelaide Amaral sobre o ator e na exibição de cenas vividas por Autran no filme "Terra em Transe" (66), de Glauber Rocha.
A cerimônia será dirigida pelo cenógrafo Gringo Cardia, que também dirigiu a edição do Prêmio Sharp do ano passado.
O prêmio para a área musical é dividido em nove categorias, com vários segmentos, totalizando 48 premiações. Há três artistas indicados em cada segmento.
Alguns dos concorrentes aparecem com mais de uma indicação em uma mesma categoria. É o caso de Peninha, que concorre ao prêmio de melhor música na categoria canção popular com "Muda" e "Outra Onda".
O produtor Rildo Hora, um dos mais destacados produtores de samba no Brasil atualmente, é o único indicado na categoria melhor arranjador de samba, com três trabalhos distintos.
Os pagodeiros foram ignorados nas indicações para a categoria samba. Como melhor grupo, concorrem os veteraníssimos Demônios da Garoa; o grupo Fundo de Quintal, formado nos anos 80 e elogiado por sambistas tradicionais, como Walter Alfaiate; e os novatos do Arranco de Varsóvia, que já se apresentaram com a Velha Guarda da Mangueira.
Na categoria pop/rock, Ed Motta, Jorge Ben Jor e Lulu Santos disputam o título de melhor cantor. As indicadas como melhor cantora são Cássia Eller, Daúde e Rita Lee, homenageada na edição passada do Prêmio Sharp.
Entre os concorrentes ao 4º Prêmio Sharp de Teatro, a peça com maior número de indicações é "Diário de um Louco" -protagonizada por Diogo Vilela e baseada em texto de Gogol-, que concorre a seis prêmios (direção, ator, iluminação, figurino, cenografia e espetáculo).
Além de Marcus Alvisi, de "Diário de um Louco", concorrem ao prêmio de direção Amir Haddad, por "Noite de Reis", de Shakespeare, e Gilberto Gawronski e Hélio Dias, por "Dama da Noite", adaptação de um conto de Caio Fernando Abreu. O diretor premiado receberá R$ 8.000.



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