da Agência Folha, em Porto Alegre
e free-lance para a Folha

O cantor Leandro, 36, foi internado ontem, às 17h, no Hospital São Luiz, em São Paulo. Nos próximos dias ele passa pela primeira etapa de quimioterapia para o tratamento do câncer no pulmão.
"Estou muito confiante, confiante em Deus", disse Leandro antes de entrar no hospital. Havia cerca de 20 fãs e curiosos esperando pelo cantor. "A presença dos fãs é muito importante."
Leandro está otimista: "Estarei curado, se Deus quiser, o mais breve possível e cantando para esse nosso grande Brasil. Estou com bastante saudade do palco".
Antes de ser internado ele ainda passou, às 13h30, por uma cintilografia óssea (exame que permite a visualização dos órgãos internos por mapeamento) na Unidade Radiológica Paulista (URP).
Leandro deve sofrer uma cirurgia, provavelmente entre julho e agosto próximo, que retirará 30% do seu pulmão direito.
A operação depende da resposta do cantor ao tratamento de quimioterapia e será realizada pelo cirurgião José Jesus Camargo, da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. Não há risco de dano "funcional" ao cantor.
Camargo avaliou em 70% as chances de eficácia da quimioterapia (serão aplicadas de três a quatro doses, que combinam cinco drogas, de três em três semanas).
A quimioterapia deve reduzir o tamanho do tumor, atualmente com 10 cm. Se fosse operado sem se submeter a uma quimioterapia, o pulmão direito do cantor teria de ser retirado totalmente.
A lobectomia -retirada de um lóbulo do pulmão- é indicada até no caso de o tumor desaparecer com a quimioterapia, a fim de evitar o reaparecimento da doença. Quando há reincidência, a quimioterapia não funciona mais.
Não há certeza quanto à realização de uma cirurgia. "Se não responder à quimioterapia, estamos em uma situação muito complicada", disse Camargo.
A operação é de baixo risco (2% a 3%), de acordo com o médico gaúcho, e dura cerca de três horas. Antes de se submeter à cirurgia, Leandro deve ir a Porto Alegre para uma revisão.



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