São Paulo, quinta-feira, 13 de julho de 2000


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Diretor diz que efeitos dão mais trabalho do que estrelas

DE NOVA YORK

Leia a seguir trechos da entrevista que o diretor Bryan Singer, de "X-Men", deu à Folha. (SD)

Folha - Na primeira aparição da Anna Paquin em "X-Men", a mãe dela está tocando piano. É referência ao filme "O Piano"?
Bryan Singer -
Não tinha pensado nisso! Mas pode escrever que foi uma "inside joke" (piada interna), gostei dessa versão da história (risos). A verdade é que estávamos filmando numa casa mesmo, eu vi o piano e perguntei à atriz que interpreta a mãe se ela sabia tocar. A idéia é a de uma casa normal, em que a mãe toca piano, o pai calcula as contas e a filha está no quarto tendo sua primeira experiência como mutante.

Folha - Há diferença entre dirigir "Os Suspeitos" e "X-Men"?
Singer -
Li histórias em quadrinhos durante 15 anos, conheço bem esse universo, me sinto íntimo desses personagens.
Tive de me preparar mais para estar à frente de um projeto tão ambicioso do que para lidar com os mutantes do filme.
E o "background" dos personagens já existia nas HQs, só tive de recuperá-los. A história dos pais de Magneto, por exemplo, a falta de passado do Wolverine, tudo isso já existia. Só fiz mudanças em algumas características dos outros mutantes, para ficar mais emocionante.

Folha - Que mudanças?
Singer -
Aumentei os poderes de alguns mutantes, fiz eles ficarem um pouco mais competentes. Mas nada que vá incomodar os fãs. Estava mais interessado na essência dos personagens, nos conflitos pessoais de cada um e na reação deles ao preconceito dos humanos do que na parte sobrenatural da vida deles.

Folha - Stan Lee influiu?
Singer -
Conversei muito com ele antes de começar a filmar. Sobre o roteiro, concordamos que os mutantes deveriam ter mais poderes. Mas depois ficou tudo por minha conta.

Folha - Como é fazer um filme com tantos efeitos especiais?
Singer -
Essa, para mim, foi a grande diferença.
Primeiro, visitei o set de "Star Wars - Episódio 1: A Ameaça Fantasma", fiz uma pesquisa com a equipe de "Titanic", fui a várias empresas de efeitos especiais. Tive de aprender a lidar com eles para saber usá-los do melhor jeito possível.
Há coisas que são muito perigosas, até para os dublês; outras demoram muitas horas até que você tenha o resultado que procura. Efeitos especiais dão muito mais trabalho do que qualquer estrela de Hollywood.


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