São Paulo, domingo, 13 de julho de 2008

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Prioridade é aquisição de arte contemporânea

FABIO CYPRIANO
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma das decisões recentes a respeito do acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo contraria seu nome, mas respeita sua história: mesmo com poucas obras referenciais de arte moderna brasileira, a prioridade para as aquisições "são obras a partir dos anos 1960", segundo o curador da instituição, Felipe Chaimovich.
O motivo histórico foi a transferência do patrimônio do museu, em 1963, pelo seu então criador, o empresário Ciccillo Matarazzo, para a Universidade de São Paulo, gerando o Museu de Arte Contemporânea. Com isso, o MAC surgiu com um acervo moderno de 1.236 obras, além de 438 do próprio Ciccillo, e o MAM teve que recomeçar do zero.
Por isso a busca por obras históricas contemporâneas. "A arte moderna entra no acervo quando for para se entender o contemporâneo", explica Chaimovich. Esse acervo será um dos destaques das comemorações dos 60 anos do MAM. A mostra ocorre entre outubro e dezembro e será um evento paralelo à 28ª Bienal de São Paulo.
Há dois anos, o museu havia realizado a mesma proposta, tendo como curadores Tadeu Chiarelli, Felipe Chaimovich e Cauê Alves. "A nova exposição será mais historiográfica, além de mostrar parte do que adquirimos desde a última exposição, um grupo de 700 obras novas", diz. Com curadoria de Annateresa Fabris e Luiz Camillo Osorio, do Conselho Consultivo de Arte do museu, a exposição não deve repetir muitas obras da última edição, pois lá foram exibidos "apenas 16% do acervo", segundo Chaimovich.

França no Brasil
Em 2009, Ano da França no Brasil, o destaque será para a Coleção de Fotografia M. + M. Auer, do casal suíço Michele e Michel Auer. "Essa é uma das maiores coleções de fotografia, com mais de 50 mil imagens, e como eles doaram o acervo para Montpellier, essa exposição foi reconhecida como parte da programação do Ano da França", diz. A mostra terá como curadores Eder Chiodetto e a francesa Élise Jasmin. "Eles estão trabalhando questões da fotografia para utilizar a coleção inteira, que pode ser abordada desde a invenção da fotografia", explica Chaimovich.


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