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PAIZÃO
A galinha foi brincadeira
O estudante de direito Ernst
Hellmuth, 18, que jogou anteontem uma galinha preta
na prefeita Marta Suplicy, foi
aplaudido ao chegar em sua
casa, no Jardim América.
"Demos boas gargalhadas.
Ele é precoce até em obter
seus 15 minutos de fama",
disse o pai de Ernst, o engenheiro Harold Hellmuth, 66,
que é descendente de alemães.
Folha - O Ernst levou bronca ao
chegar em casa?
Hellmuth - Que nada. Nós demos foi gargalhada. O Ernst já
está grandinho, sabe o que faz.
Folha - O que o senhor achou
das críticas que ele recebeu?
Hellmuth - A primeira coisa
que tem que dizer é que foi
uma brincadeira, feita de improviso, e que não tem nada a
ver com política. Ou, se tem, é
uma política interna deles [estudantes]. A conotação que deram à galinha veio da cabeça
dos outros. Falaram um monte
de abobrinhas, até o ministro
da Justiça falou [Márcio Thomaz Bastos afirmou que jogar
uma galinha em Marta equivalia a jogar um veado num homem]. Essas abobrinhas dão
mais indicação sobre a pessoa
que falou do que sobre a brincadeira.
Folha - Qual é a sua opinião sobre a prefeita?
Hellmuth -Torço para que ela
não seja reeleita. Ela acha que
faz coisas boas. Mas a forma de
fazer está errada. Conversei
com o Ernst sobre isso. Essa
história de não estar em dia
com a Lei de Responsabilidade
Fiscal é completamente errada.
Se a prefeitura não tem dinheiro para fazer as coisas, que não
faça. É uma administração
muito propagandística.
Folha - O senhor votou, para
presidente, em Lula ou em seu
opositor, José Serra?
Hellmuth - Eu voto contra o
PT. Mas isso não tem nada a
ver com o que o Ernst fez. Eles
[os estudantes] acham que a
Marta faz coisas erradas. E estamos numa democracia, ora
bolas! O PT já bateu no [Mário]
Covas, jogou pedra. Não tem
moral para reclamar.
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